O Taekwondo itabirano se prepara para mais um desafio, com início agendado para a próxima quinta-feira (17). Três atletas representarão o município no Grand Slam, competição que oferece vaga na seleção brasileira da modalidade e conta com a participação dos melhores colocados das últimas edições da Copa Sudeste e do Super Campeonato Brasileiro de Taekwondo, disputadas em 2021. O torneio, realizado em Fortaleza, ocorrerá até o próximo domingo (20).
Welton Pinho (categoria poomsae) e Pedro Henrique Sena (poomsae e luta) entrarão direto na disputa. Já Davi Vinicius precisará passar por uma seletiva para garantir sua vaga no Grand Slam. Todos são faixa preta atualmente.
Luta pelo sucesso
Com ótimos desempenhos a nível estadual e nacional desde 2017 – como o terceiro lugar na Copa do Brasil de Taekwondo em 2019 e o quinto lugar no Super Campeonato Brasileiro – o jovem Welton Pinho, de 23 anos, correu atrás de empresas ou pessoas físicas que pudessem lhe apoiar durante a empreitada na capital cearense. Ao todo, cinco marcas o ajudarão com as despesas da viagem. Você pode conferir quais são na imagem abaixo.
A falta de incentivo financeiro à modalidade já foi tema, inclusive, de reportagem da DeFato Online. O também professor de Taekwondo na Associação Crianças do Amanhã, no bairro João XXIII, afirma que esta é uma realidade vivida pelo esporte, no geral.
“Acho que o esporte, no geral, é difícil conseguir um patrocínio. Principalmente aqui na nossa região, a maioria das empresas não têm essa cultura de apoiar o esporte. Então quando a gente encontra pessoas dispostas, que acreditam no trabalho, sem um pingo de dúvidas é algo sensacional”, explica Welton.
Sobre a disputa em Fortaleza, o itabirano afirma estar se sentindo totalmente preparado. Caso se saia bem em sua categoria, poomsae, o atleta se classificará ao Campeonato Mundial de Taekwondo, a ser disputado na Coréia do Sul em abril.
“Venho treinando desde dezembro. O Super Campeonato Brasileiro terminou no final de novembro, e desde que voltamos os treinos continuaram. Tivemos um recesso de Natal, ano novo, mas logo que o ano se iniciou voltamos ao treino normalmente. E a expectativa está muito grande, fui classificado na categoria individual e surgiu a oportunidade de fazer um trio com outros atletas do Rio Grande do Sul. Então serão duas categorias e a probabilidade de trazer medalhas nas duas é muito grande”.
O Grand Slam também faz parte do retorno das disputas presenciais da modalidade. Durante boa parte da pandemia, atletas itabiranos e de outras regiões do país precisaram se adaptar aos torneios on-line. Questionado se há uma certa dificuldade na volta ao presencial, Welton Pinho afirma que o choque é maior para aqueles que começaram a rotina de competições remotamente.
“Quem assistiu aos campeonatos online, não viu tanta diferença. Mas para nós que somos atletas é totalmente diferente. Tem a questão do ambiente do ginásio, o nervosismo, porque por mais que você grave o seu poomsae lá na câmera, você tem a possibilidade de regravar, ou se não está bem no dia, grava no outro. Já na competição presencial tem o ambiente, os árbitros – são quatro na sua frente, três nas suas costas -, então você sente uma pressão, uma responsabilidade bem maior. Eu já estava acostumado a competir presencialmente, então só voltou à normalidade. Mas para muitos atletas que estavam competindo online e vieram pela primeira vez para o presencial, a dificuldade foi maior.”