O caixa da Prefeitura de João Monlevade foi assunto na reunião ordinária da Câmara de João Monlevade na tarde desta quarta-feira (31). Na prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2023 feita pelo Secretário Municipal de Fazenda, Adilson Arlindo Carlos, consta que o Executivo tem R$121.556.585,31 milhões nos cofres, sendo pouca mais de R$53 milhões em contas vinculadas, que são aquelas já destinadas a investimentos em vários setores, e cerca de R$67 milhões para custeio.
Adilson explicou que parte dos recursos são vinculados, como exemplo a verba disponível para saúde proveniente de Fundo Estadual e Federal. Ele destacou que a responsável pela pasta estuda a aplicação e informou que parte da verba já está sendo usada, como exemplo o repasse para o Hospital Margarida no mês de maio no valor de R$1,9 milhão.
Amor & cobranças
Como representante líder do Governo, Belmar Diniz (PT) fez questão de enfatizar o bom momento financeiro da Prefeitura de Monlevade.
“A arrecadação fez um salto muito grande. O povo tá vendo melhorias e obras acontecendo. Isso dá prazer da população pagar o imposto em dia. É esse o reflexo! A arrecadação do Programa de Recuperação Fiscal (REFIS) foi recorde na cidade. Fico muito feliz e honrado em ser líder deste Governo que avança. Tem que melhorar? Temos. Mas estamos no caminho. Eu estou apaixonado com o Parque do Areão, que coisa linda”, ressalta Belmar.
Belmar também questionou a respeito da alienação de bens e imóveis. Ele solicitou um relatório das áreas que foram negociadas e quais foram pagas. A solicitação do relatório foi endossada por Vanderlei Miranda que ressaltou que vai solicitar mais detalhes como quais as áreas já foram alienadas, quais estão disponíveis, quem aderiu, quem já pagou, entre outros. Ele lembrou que a Casa Legislativa vem discutindo há muito tempo a respeito do assunto.
O vereador Gustavo Prandini (PTB) questionou a Prefeitura de João Monlevade sobre o dinheiro em caixa e os serviços a serem feitos.
“O Governo pode gastar hoje mais de R$60 milhões, sem nada de pendências. Então, por que estamos lutando e pedindo sobre a instalação do Centro Dia Idoso em Monlevade? Isso já era para estar implementado, como já firmado anteriormente. Além disso, há uma reclamação geral de uso do passeio público com veículo no Centro da cidade. Faltam fiscais de obras, agentes de posturas e agentes de trânsito. Por que não contratam? Não entendo. E temos cerca de 40 mulheres precisando de cirurgias bariátrica na cidade. Eu apoio e muito o Governo, mas falta gastar mais em setores necessários”, sinaliza Prandini.
Ainda em sua fala, Prandini sugeriu que os responsáveis pelas secretarias participem das próximas reuniões da Câmara para explicar mais detalhadamente sobre a utilização dos recursos.
Já Vanderlei Miranda (PL) foi mais fundo e ressaltou o papel da Câmara junto com o Executivo.
“A Câmara também contribuiu para que esse caixa chegasse nesse valor. Eu sempre cobrei a questão do Refis, e isso ajudou muito! Entrou quase um milhão e meio nos cofres públicos advindos disso. Eu fico feliz porque muitas coisas boas que acontecem aqui passam invisíveis para a população. Mas nosso trabalho aqui tem resultado! Estamos com a saúde financeira confortável e temos que aproveitar a maré boa”, finaliza Vanderlei.
Os vereadores Revetrie Teixeira (MDB) e Tonhão (Cidadania) questionaram também as ruas sem asfalto e manutenção na cidade. Leles Pontes (Republicanos) também cobrou um parque de exposições para a cidade e também um “bota-fora”, local para despejo de lixo.