A mudança promovida pelo Governo Federal (após muita luta dos municípios mineradores) na alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) jogou para cima os royalties da mineração. Levantamento feito pelo Jornal DeFato, publicado na edição 50, no mês de agosto, mostra que Itabira e cidades vizinhas tiveram um respiro econômico graças à elevação no tributo obrigatoriamente recolhido pelas empresas.
Números da recém-criada Agência Nacional de Mineração (ANM) mostra que, em 2018, no cálculo geral, todos os meses têm apresentado crescimento na arrecadação na comparação anual. Em julho, o valor arrecadado por todos os municípios brasileiros chegou a 238 milhões, sendo o período do ano mais farto até então.
Itabira lidera o ranking da Cfem em Minas Gerais. De janeiro a julho, as operações minerais na cidade berço da Vale geraram R$ 88,9 milhões, 81% a mais do que o apurado no mesmo período no ano anterior. Descontado os percentuais que vão para o Estado, União e municípios impactados, a terra de Drummond já colocou nos cofres, em meio ano, R$ 59,4 milhões.
Os números mostram que são justificadas todas a preocupação que paira em Itabira com o fim da mineração, anunciado pela Vale para daqui a dez anos. Também é destaque no Jornal DeFato uma fala do gerente-geral da mineradora, Rodrigo Chaves, sobre o minério no subsolo do município. Ele confirma essa existência, diz que é um recurso puro, mas afirma que a empresa não tem “licença social” para explorá-lo.
A situação da mineração em Conceição do Mato Dentro, com expectativa pela retomada da Anglo American, e em Mariana, com a Samarco ainda paralisada, são outros dois temas abordados na última edição, que traz ainda uma entrevista com o novo presidente do Sindicato Metabase, André Viana.
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