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Justiça argentina suspende reformas trabalhistas de megadecreto de Milei

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Foto: Reprodução

Javier Milei tem megadecreto trabalhista suspenso pela Justiça Argentina nesta terça-feira (4), após ação impetrada pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), a mais importante confederação sindical do país.

O decreto presidencial é composto por mais de 300 medidas destinadas a desregulamentar a Economia, revoga e modifica leis trabalhistas, como contratos de trabalho, causas de demissão e indenização por demissão, e outras questões.

A CGT faz forte oposição ao texto desde a sua publicação e, após a publicação de um projeto de lei ultraliberal de Milei, anunciou uma greve nacional para o dia 24 de janeiro.

Após sua posse, falando à nação, Milei alertou que o país enfrentará uma catástrofe econômica de magnitude desconhecida para qualquer argentino vivo, a menos que o Congresso aprove os decretos propostos pelo seu governo.

“Estamos em uma situação de emergência nacional, que requer a utilização de todos os recursos e ferramentas possíveis, como fizemos nessas três primeiras semanas de governo”, disse em mensagem de Ano Novo compartilhada em redes sociais.

Para Milei, os decretos sobre economia são o primeiro passopara o país se afastar do modelo empobrecedor imposto por gestões antigas e estão de acordo com o caminho duro e de sacrifícios que prometeu durante sua campanha eleitoral.

O presidente projeta que a reforma implicaria em níveis de liberdade econômica que multiplicariam o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina em dez vezes num período de 45 anos, deixando para trás uma política deteriorada por fatores como inflação elevada, reservas internacionais escassas, alto nível de dívida, entre outros.

Veja algumas das medidas econômicas anunciadas pelo presidente argentino que estão sendo questionadas:

A juíza Andrea Garcia Vior, da Câmara Nacional de Recursos Trabalhistas, concedeu uma medida cautelar suspendendo a aplicabilidade das disposições sobre o decreto de Milei. O governo argentino pode recorrer da decisão.

Por sua vez, a CGT disse, em comunicado, que a decisão judicial coloca um freio na reforma trabalhista regressiva e antitrabalhista.

O decreto de Milei já está em vigor, embora possa ser revogado pelo Congresso Nacional se for rejeitado pelas duas câmaras. Os partidos governistas não têm maioria nas duas casas, Câmara dos Deputados e Senado Federal.

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