Os dois candidatos à Casa Branca, Kamala Harris e Donald Trump se enfrentam nesta terça-feira (10) em um debate que promete ser muito tenso e intenso e provavelmente o último antes da eleição no dia 5 de novembro de 2024.
Esta é a grande oportunidade de tentarem convencer eleitores indecisos a penderem para seus lados, numa eleição que se apresenta muito acirrada.
Kamala, vice-presidente democrata, de 59 anos, terá pela frente o ex-presidente norte-americano, Donald Trump, republicano, 78 anos, sempre polêmico em suas colocações.
O evento será na Filadélfia, no estado da Pensilvânia, berço da democracia americana, com inicio previsto para as 21h locais (22h em Brasília), quando ambos vão apresentar suas propostas de governo.
Kamala e Trump terão 90 minutos para mostrarem o melhor de si aos milhões de telespectadores da rede ABC. No púlpito, apenas um bloco de anotações, uma caneta e um copo de água, sem público presente e com os microfones ligados somente no momento da fala de cada um.
Nenhuma pergunta foi antecipada e os tema do debate devem girar mais em torno da economia, principal preocupação dos americanos e a redução do custo de vida.
Outro tema que certamente será abordado é o da migração ilegal na fronteira com o México, tema em que o Trump sempre insiste em abordar e que pretende, se eleito for, promover uma grande deportação ao país vizinho.
Kamala, por seu lado, deve abordar o aborto, tema que ela defende com veemência e que não deverá ser estendido por Trump, que teme perder votos, neste que será seu sétimo debate presidencial.
Jason Miller, um dos conselheiros do ex-presidente, admite ser impossível se preparar para um debate com Trump, e faz uma analogia: “Imagine um boxeador tentando se preparar para lutar com Floyd Mayweather ou Muhammad Ali?”
Nesta segunda-feira, Kamala disse esperar golpes baixos da parte de Trump: “Não tem limite para o quão baixo pode chegar e é necessário estar preparada para o fato de que ele, provavelmente, falará muitas mentiras”.
Kamala ocupa o lugar que seria o de Joe Biden, na tentativa de reeleição, mas indícios de problemas de sanidade do presidente fizeram com que ele abrisse mão da concorrência para sua vice, desistindo de se propor candidato em 21 de julho.
Kamala, repentinamente se tornou um fenômeno político conquistando grande apoio em poucas horas e quebrando recordes de arrecadação de fundos, conquistando também uma nomeação triunfal na convenção democrata em Chicago, empatando com Trump nas intenções de voto em várias pesquisas.
Por sua vez, Trump foi vítima de tentativa de assassinato em julho e desperta sentimentos opostos nos eleitores, paixão e ódio na mesma proporção.
* Fonte: O Tempo