Representando os moradores, que dizem não ter mais a associação comunitária — por vários motivos, entre eles o desentendimento entre os associados — Celino Soares, que reside na rua J, pediu a interferência da Prefeitura para que essa acione a Vale e faça valer o seu poderio.
Situação Complicada
Em janeiro de 2008, a mineradora iniciou uma série de negociações visando a aquisição de imóveis localizados na parte de cima da avenida. Segundo informou a empresa recentemente, um total de 65 negociações já foram concretizadas, mas ainda faltam 52 moradias para serem adquiridas. Ainda de acordo com a mineradora, há um projeto de paisagismo para o local. Estariam previstos a adequação de muros, plantio de plantas ornamentais e “cercamento” da área. Essa ação seria iniciada no segundo semestre de 2011, mas até o momento não começou.
Houve ainda um encontro do prefeito João Izael, que pediu empenho da mineradora para a solução do problema. Mas o que os moradores querem não é apenas a finalização das negociações, mas também o estudo dos proprietários da parte de baixo, os quais vêem seus imóveis desvalorizarem com a transformação do lado superior em terrenos baldios.
O pior é que, para Celino Soares, os terrenos baldios estão causando danos a todos. A cidade está infestada de pernilongos e, de acordo com ele, provavelmente, o chamado mosquito da dengue, o Aedes aegypti. No dia 27 de outubro, uma caminhonete, comandada pelas secretarias de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e de Saúde “dedetizou” a cidade, usando o recurso “fumacê”. Mas não conseguiu deter a onda de pernilongos que está azucrinando a população itabirana.
DeFatoOnline procurou a Assessoria de Imprensa da mineradora Vale, que por sua vez, se comprometeu a apurar a solicitação do morador junto à área operacional responsável. Também acionada pela redação, a Secretaria de Obras informou que esta semana, uma reunião foi realizada com alguns moradores, com o objetivo de buscar uma solução para o problema relatado pelo internauta.