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Líder religioso que fazia campanhas contra abuso sexual é preso por pedofilia em BH

líder religioso é preso por abuso sexual em Belo Horizonte

(Foto: Divulgação/PCMG)

Um homem, de 34 anos, foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta quarta-feira (21), no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte, por abuso sexual. A prisão faz parte da investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).

Na ação, a PCMG também cumpriu mandado de busca e apreensão contra o suspeito e o aparelho de telefone celular dele foi recolhido. A investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) iniciou a partir de denúncias contra o homem, que é líder religioso e atuante em órgãos de combate à violência sexual infantojuvenil na capital. Ele também participava de campanhas, eventos e palestras sobre o tema e atraía as vítimas de abuso sexual para o circo.

Segundo a delegada Thais Degani, que preside o inquérito policial, “além de ser líder religioso de uma igreja, o investigado criou um grupo e levava os adolescentes e as crianças para o circo, onde eles faziam atividades circenses e, na maioria das vezes, o investigado arcava com todos os gastos, como transporte, alimentação, etc.”, explica. “Ele também criou vários órgãos de combate à pedofilia, ou seja, se portava diante da sociedade como uma pessoa que lutava contra a exploração sexual infantil”, complementa.

Ainda, de acordo com a delegada, as vítimas se sentiam coagidas a denunciar diante da representatividade do suspeito no combate à pedofilia. Atualmente, o investigado é coordenador do Fórum de Enfrentando à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e já recebeu condecorações pela atuação na causa.

Até o momento, três vítimas do sexo masculino foram identificadas, hoje duas delas são jovens, um de 20 e outro de 25 anos. Segundo o depoimento dessas vítimas, elas tinham à época dos fatos idades que variam de 13 a 17 anos. “Todos os relatos são bem parecidos de como ele praticava os abusos e buscava a confiança de vítimas e familiares”, relata a delegada.

A Polícia Civil informou que a investigação segue em andamento, inclusive para identificar novas vítimas.

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