Um menino de quatro anos foi brutalmente agredido pela mãe e pelo padrasto em São Vicente, no litoral de São Paulo. A criança teve oito costelas e um braço fraturados. A tia do menino, de 31 anos, contou para a imprensa que o sobrinho estava na casa da mãe dele, onde ficava aos fins de semana.
“O menino e as duas irmãs foram criadas pelo meu irmão [pai das crianças], mas ficavam com a mãe de 15 em 15 dias. E, até então, não tínhamos reparado nenhum tipo de agressão”, conta ela.
Segundo a mulher, nos últimos meses, a mãe das crianças não estava querendo deixá-las verem o pai. “Meu irmão estava tendo dificuldades para pegar as crianças. Ele sempre cuidou dos três, mas não fez nenhum documento na Justiça. Foi tudo acertado informalmente”, explica ela.
Ela contou que, no dia 28 de setembro, recebeu a notícia que o sobrinho estava machucado e com diversos hematoma. “Soubemos que o marido da mãe dele [padrasto] o levou enrolado em um lençol para a casa dos pais dele [pais do padrasto] e que eles tinham levado meu sobrinho para o hospital. Na hora, ficamos perdidos sem entender direito o que estava acontecendo”, conta.
Quando a família chegou ao hospital ficaram sem acreditar no estado de saúde da criança. Devido aos machucados, o menino foi transferido para a UTI pediátrica da Santa Casa de Santos. “Os exames constataram as fraturas, além de diversas marcas roxas pelo corpo”, disse.
A tia detalhou que a família está incrédula com a brutalidade como a qual a criança foi tratada.
“Me pergunto toda vez que olho pra ele daquele jeito como que eles puderam ser tão cruéis assim. O que aconteceu para que eles fizessem isso? Todos estamos sem entender tanta maldade”. disse.
A mãe e o padrasto não foram encontrados. A Prefeitura de São Vicente esclareceu que os profissionais de saúde não podem comentar o caso. A Guarda Civil Municipal (GCM) informou que não foi acionada para essa ocorrência.
Em nota, a Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP-SP) falou que o caso da criança foi registrado como lesão corporal e abandono de incapaz, na Delegacia Policial de São Vicente. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) que está investigando os fatos e informou que não vai dar mais informações.