Em 1993, foi criada a Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi) — que, em 2022, tornou-se Centro Universitário Funcesi. No ano em que completou três décadas de serviços à comunidade itabirana e regional, a instituição realiza um sonho, idealizado há mais de 10 anos: a implantação do curso de Medicina.
O ideal de ofertar um curso de Medicina surgiu a partir da expansão da Funcesi nos anos 2000. Mediante a carência de médicos na região do Médio Piracicaba, compreendeu-se que a formação de profissionais locais poderia suprir essa demanda
Dessa forma, a iniciativa tem potencial de superar demandas e desafios históricos tanto de Itabira quanto de suas cidades vizinhas. Muito além de uma formação universitária, o curso de Medicina beneficiará os diferentes segmentos e setores dessas comunidades, tornando-se um projeto de grande importância para o futuro regional ao fomentar o desenvolvimento do ensino superior e também da rede de Saúde.
“O curso vai gerar um grande desenvolvimento para nossa comunidade – não só de Itabira, mas para a região. Toda rede de sáude será beneficiada, PSFs, hospitais e Pronto Socorro, que receberão os alunos e professores para os estágios e, depois, residência. E daqui há alguns anos, como médicos, que atuarão em nossa cidade. Atrairemos muito conhecimento e vamos ajudar a desenvolver, paralelamente, uma indústria na área da Saúde, um novo segmento que virá para Itabira”, destaca o prof. Maurício Mendes, presidente da Funcesi.
De acordo com o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, “a faculdade de Medicina é desses projetos que perpassam por diversas áreas e têm impacto tanto no presente quanto no futuro. Lutamos muito para trazê-la para a nossa cidade porque acreditamos na transformação que ela pode gerar”.
Na saúde pública, a expectativa é de aumento da oferta de profissionais especializados a médio prazo. Isso trará solução para um problema histórico: a dificuldade de contratação de médicos para atuarem principalmente na atenção primária, a exemplo dos postos do Programa da Saúde da Família (PSFs) — um desafio enfrentado pela maioria das cidades do interior. A rede privada também será potencializada.
“O curso de Medicina fortalece duas vertentes da diversificação econômica de Itabira pós-mineração: o polo universitário e o polo médico. Os estudantes, em breve, se tornarão residentes, e com seus professores e médicos atuarão na rede pública de saúde do nosso município. Tudo isso vem ao encontro do plano de tornar Itabira macro polo em assistência sanitária para mais de um milhão de pessoas do Médio Piracicaba e outras regiões próximas a Belo Horizonte”, avalia Marco Antônio Lage.
Já na educação, o novo curso que tem consultoria da Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma)/Faculdade de Ciências Médicas contribuirá para que o Centro Universitário Funcesi se torne referência na produção de conhecimento, pesquisa e aplicação prática.
“Ficamos orgulhosos em ver a Funcesi brilhando, crescendo e formando profissionais de primeira grandeza. Itabira é um exemplo de que quando a gente quer plantar algo “forjando no trigo o milagre do pão”, como dizia Milton Nascimento, a gente consegue fazer o milagre acontecer. Foi uma alegria extraordinária ter o curso de medicina reconhecido com nota máxima (nota 5) do MEC. Isso coroou com êxito a união de forças: poder público e fundações, Funcesi e Feluma,” afirmou Dr. Wagner Eduardo Ferreira, presidente da Feluma.
Ao longo dos anos, a instituição itabirana se notabilizou pela oferta de cursos superiores em diferentes campos da saúde, como Enfermagem e Fisioterapia. A graduação em Medicina expande essa atuação e consolida o Centro Universitário Funcesi como referência no setor — e com grande expertise na formação de profissionais preparados para suprir as demandas locais e regionais.
“Nossa proposta é oferecer um curso de Medicina com o diferencial da qualidade e da excelência para que possamos contribuir com a formação de médicos, com prometidos com prática humanizada para as diversas instituições de saúde. Vale lembrar a importância desses médicos para a promoção da saúde não só do município, mas de toda a região ”, opina a reitora do Centro Universitário Funcesi, Prof.ª Flávia Pantuza.
Matriz curricular do curso de Medicina reforça contribuição social do Centro Universitário Funcesi
O Centro Universitário Funcesi tem como um de seus pilares o desenvolvimento social — valores que são compartilhados pelas suas entidades fundadoras: Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, Diocese de Itabira e Coronel Fabriciano e mineradora Vale. Norteada por esse princípio, o curso de Medicina conta com um projeto pedagógico que valoriza o atendimento humanizado e a saúde pública, por meio de práticas integradas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“Levaremos o aluno a vivenciar a saúde da região. Ele conhecerá a realidade do sistema de saúde regional e futuramente atuará nos hospitais e PSFs. É importante ressaltar que o curso[de medicina] propicia ao estudante atuar na saúde pública durante a sua formação”, diz a reitora da instituição, Flávia Pantuza.
Ao abordar esses princípios em seu projeto pedagógico, o Centro Universitário Funcesi cria um mecanismo que favorece a absorção de profissionais pela rede de saúde pública local e regional. Itabira, por exemplo, conta com mais de 30 postos do Programa de Saúde da Família (PSFs), dois hospitais (Nossa Senhora das Dores e Carlos Chagas), um pronto-socorro municipal, uma policlínica e problemas de saúde individuais e coletivos”, avalia a secretária municipal de Saúde de Itabira, Dra. Clarissa Santos Lages.
De acordo com a Dra. Ana Paula Pinheiro Chagas Fernandes, pediatra e coordenadora do curso de Medicina, o projeto pedagógico “foi planejado na perspectiva de formarmos um médico que tem as competências e as habilidades necessárias para atuar no campo profissional da medicina com autonomia, segurança e competência. Para isso, a nossa matriz curricular conta com disciplinas que aprofundam as questões éticas e profissionais, que avançam na dimensão do sujeito, do paciente para além do biológico, considerando essa pessoa em todas as suas dimensões biopsicossociais — assim como nas necessidades de saúde da população”.
Dra. Ana Paula acrescenta que o graduando em medicina terá, em seus dois primeiros anos de curso, conteúdo das ciências básicas e de humanidades para que possam entender a perspectiva das habilidades socioafetivas e emocionais necessárias ao médico. A partir do quinto período, começa o ciclo clínico, em que eles vão desenvolver as competências e as habilidades necessárias para a prática médica.
“É importante falar que o projeto pedagógico potencializa o trabalho em equipe, a interação e a perspectiva de que o médico precisa atuar junto com outros profissionais da saúde para, assim, conseguir uma integralidade no atendimento e na assistência à população. O curso oferece ao estudante oportunidades de aprender com outros profissionais da saúde”, complementa Dra. Ana Paula.
Parceria com as redes públicas de saúde e hospitais de Itabira e região garantem o campo de estágio do curso de Medicina
Além da formação humanista e com atenção à saúde pública, o curso de Medicina do Centro Universitário Funcesi conta com importantes parcerias com a rede pública de saúde dos municípios e hospitais, como o Hospital Nossa Senhora das Dores, Hospital Carlos Chagas e outros. Esta parceria oferece oportunidade para que os graduandos atuem na prática, realizando estágios e internatos.
“A Funcesi formalizou convênio com a Prefeitura de Itabira para que as unidades de atenção básica de saúde estejam à disposição do curso de Medicina, assim como o Hospital Carlos Chagas, que é municipal, e o Hospital Nossa Senhora das Dores.”, ressalta o presidente da Funcesi, Maurício Mendes.
Os hospitais de Itabira são referência para três microrregionais de Saúde de Minas Gerais — Itabira, Guanhães e João Monlevade —, atendendo, atualmente, uma população estimada de 500 mil pessoas. E assim, Itabira vem trabalhando para se tornar referência macrorregional em Saúde, o que pode dobrar o número de acolhidos, chegando a uma média de um milhão pacientes. A chegada do curso de Medicina, inclusive, vai contribuir com o avanço desse processo. O HNSD já é reconhecido pelo atendimento de alta complexidade em traumatologia, hemodiálise e oncologia — que terá o reforço da unidade de radioterapia — e busca ampliar esse leque para oferecer novos
serviços, como a cirurgia cardiovascular.
“Quando se tem acadêmicos você estimula para que o próprio corpo clínico [do HNSD] se atualize constantemente. A busca pela alta complexidade já é uma realidade do Hospital Nossa Senhora das Dores e ainda traz aos alunos a possibilidade de quando se formarem, se especializarem e terem um ambiente de alta complexidade que não se tem em várias regiões [de Minas Gerais]”, afirma Alexandre Coelho, diretor executivo do HNSD.
Nesse sentido, os estudantes do curso de Medicina durante o estágio encontrarão um ambiente que abrange diversos atendimentos à população local e regional, fazendo com que o processo de formação seja completo. “Eles terão a oportunidade de acompanhar pacientes oncológicos em tratamento de radioterapia, pacientes em tratamento de hemodiálise, bem como, pacientes oriundos dos grandes traumas. É um campo muito rico para os acadêmicos de medicina e para todos os estudantes da área de saúde”, observa Alexandre Coelho.
Laboratórios de última geração e a experiência com a tecnologia na medicina
Em um mundo altamente tecnológico, profissionais de qualquer área precisam se preparar para lidar com as novas ferramentas que são constantemente atualizadas. Atenta às tendências do setor de saúde, o Centro Universitário Funcesi disponibiliza aos alunos e professores laboratórios com tecnologia de última geração, incluindo a utilização de simuladores realísticos (robôs) no processo de aprendizagem.
“Os avaliadores do MEC nos deram nota cinco no curso de Medicina, que é a nota máxima, como acontece com outros cursos nossos [do Centro Universitário Funcesi]. Então é uma escola que se preocupa muito com a qualidade do ensino dos alunos para que eles, quando formados, possam oferecer à comunidade o melhor tipo de atendimento médico”, afirma Maurício Mendes.
Entendendo essa necessidade de fomentar a educação com base tecnológica, a Vale, uma dos instituidores da Funcesi, fez um aporte de R$8,8 milhões para a instalação e modernização do laboratório de habilidades e simulação realística do curso de Medicina. “Essa parceria é extremamente importante para a Vale, pois vem ao encontro do fortalecimento do desenvolvimento e diversificação econômica do município, já preparando Itabira para o pós-mineração”, afirmou o diretor de operações do Complexo Itabira da mineradora, Daniel Daher.
Os modernos laboratórios, são diferenciais da Medicina oferecida pelo Centro Universitário Funcesi, já que possibilitam aos alunos simularem situações que encontrarão na sua rotina profissional, fazendo com que eles cheguem ao mercado de trabalho preparados para os desafios.
“Estamos trazendo o que há de mais novo na medicina, inclusive disponibilizando para o aluno os simuladores realísticos que são robôs com controle por técnicos de computação. Sabemos que toda formação do profissional vai voltar para as comunidades e impactar a qualidade de vida, a qualidade da saúde das pessoas. Por isso estamos oferecendo nessa graduação uma infraestrutura que poucos cursos têm. Esse laboratório de simulação realística, por exemplo, possui dentre outros instrumentos médicos, robôs que simulam as situações para trabalhar habilidades, o que traz para o aluno a garantia de qualidade na formação”, conta Flávia Pantuza.
Além de ofertar um ambiente de alto aprendizado,a parceria com a Vale tem como objetivo potencializar a contribuição social do curso de Medicina, com amplo impacto em diferentes setores da comunidade itabirana. “Com essa parceria com o Centro Universitário Funcesi, a gente consegue abranger os três pilares de investimento da Vale: saúde, educação e geração de renda. Com a criação do curso de Medicina, vai ajudar a transformar esses setores dentro de Itabira. Na educação, ao se tornar um polo de ensino superior, trará novos investimentos, novos moradores e trará uma nova economia”, pondera Luiz Henrique Medeiros, diretor de Territórios da Vale para Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Potencial transformador: curso de Medicina pode gerar novas possibilidades socioeconômicas
Com a possibilidade do fim da mineração em 2041, o município de Itabira busca alternativas para suprir a indústria extrativista. Dois dos caminhos definidos para o pós-mineração são a Educação e a Saúde — vetores que são englobados pela implantação do curso de Medicina.
“A formação de médicos é importante para suprir a rede pública num futuro próximo, além de fomentar o desenvolvimento da área da saúde e impulsionar Itabira para que seja uma sede macrorregional, com capacidade de atender até um milhão de pessoas. Isso transforma não só o setor da saúde, mas a economia de uma maneira geral: atrai novos empreendimentos, profissionais especializados e uma gama de serviços atrelada a essa vertente”, explica o prefeito Marco Antônio Lage.
No campo do ensino, os graduandos contribuirão com pesquisas e estudos que potencializam a prática médica na cidade. Com a grade curricular associada à tecnologia, a implementação de novas técnicas e processos também deve acontecer, fazendo com que o município se coloque como um produtor de conhecimento na área médica.
Mais do que a formação de mão de obra especializada e a produção intelectual, o curso de Medicina, a médio e longo prazo, também proporcionará maior circulação de dinheiro na economia local, movimentando diferentes setores e gerando emprego e renda. “A partir da oferta de serviços em saúde, Itabira será mais visitada por pessoas da própria região, o que por si só aumenta substancialmente a circulação na cidade e também a busca por outros setores, como o alimentício, comércio em geral, imobiliário… Enfim, são várias possibilidades e oportunidades”, acredita Clarissa Lages.
Um novo momento para o desenvolvimento da saúde regional
Os impactos da implantação do curso de Medicina extrapolam as fronteiras de Itabira e têm sido comemorados por prefeitos da região do Médio Piracicaba. Entre eles, é consenso de que o novo curso poderá facilitar a contratação de mão de obra especializada, reduzindo a defasagem de profissionais nos postos de saúde — um problema histórico enfrentado pelas cidades do interior —, além de reduzir as distâncias para quem precisa de atendimento médico-hospitalar.
“O curso está situado no contexto de saúde da microrregião de Itabira e a gente tem uma expectativa grande de que os profissionais que se formarem aqui, além da alta competência no mercado, também possam desenvolver suas atividades na região para que a gente consiga melhorar a qualidade assistencial e propiciar mais acesso à população em relação aos serviços de saúde”, relata Ana Paula Fernandes, pediatra e coordenadora do curso de Medicina do Centro Universitário Funcesi.
Reinaldo das Dores Santos, prefeito de Santa Maria de Itabira e presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Centro-Leste (Ciscel), afirma que “o curso de Medicina vai ajudar a levar profissionais para os hospitais da região, que vão ter mais estagiários e outros trabalhadores. É um ganho enorme para toda a região — que tem Itabira como um polo de saúde e que, agora, sai fortalecida com esse curso”.
Para o prefeito de Nova Era, Txai Costa, a nova graduação facilitará para aqueles que sonham cursar Medicina. “Temos estradas tão perigosas e muitas pessoas precisam enfrentar essas estradas para estudar ou receber atendimento médico. Com o curso, as pessoas que queiram fazer Medicina poderão estudar próximas às suas famílias e à sua comunidade. Além de gerar receitas, empregos e mão de obra para a área de saúde, que nem sempre é fácil de encontrar”, disse.
Samantha Aparecida de Ávila Costa Magalhães, enfermeira e prefeita de Bela Vista de Minas, também acredita que o curso de Medicina tem potencial transformador para toda a região do Médio Piracicaba. “O curso de Medicina facilitará muito e abrirá oportunidades para que todas as pessoas possam estudar aqui perto. É mais um incentivo e um momento para que as cidades estejam unidas em prol do desenvolvimento da nossa região, que terá aumento de empreendedorismo e de circulação de recursos para todos”, argumenta.
No entendimento dos prefeitos da região, mais do que contribuir para a formação de novos médicos, o curso de Medicina também fará com que os profissionais que atuam no Médio Piracicaba se especializem ainda mais. “Vai ser de extrema importância, não só por formar médicos nesta região, mas porque propiciará a melhoria dos médicos já existentes aqui por meio de uma faculdade. Será um crescimento enorme”, destaca Laércio José Ribeiro, médico e prefeito de João Monlevade.
Raimundo Meneses de Carvalho “Diquinho”, prefeito de Ferros, é outro que defende a importância da Faculdade de Medicina como uma iniciativa transformadora, ainda mais para uma região que ainda convive com a dependência da mineração. “Nesse momento que Itabira vive, com a chegada do pós-mineração, é uma das maiores conquistas que a cidade teve — e não só Itabira, mas para toda a nossa região, que tem sofrido com a falta desses profissionais. Esse curso vai ajudar a suprir essa demanda”, afirma.
“A Funcesi agradece a todas as pessoas e instituições envolvidas com a criação do curso de Medicina que certamente marcará a história de Itabira”, enfatizou o presidente Maurício Mendes.
Centro Universitário Funcesi
Endereço: Rua Venâncio Augusto Gomes, 50, Major Lage de Cima, Itabira
Telefone: (31) 3839-3600
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