Repercute muito junto ao ditador Nicolás Maduro o posicionamento do governo brasileiro exigindo a publicação das atas eleitorais para reconhecer o resultado das eleições de 28 de julho, na Venezuela.
Em um evento na última quarta-feira (28), Maduro questionou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, junto ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que insiste que se tornem públicas as atas da eleição.
Disse Maduro: “No Brasil, houve eleições. O então presidente Bolsonaro disse que haveria uma fraude e não reconheceu o resultado. Houve recursos junto o Tribunal Supremo (TSE) e a decisão foi de que os resultados davam como vencedor o presidente Lula. Santa palavra no Brasil. E quem se meteu com o Brasil?”.
Em sequência, Maduro se dirigiu à plateia: “Você fez um comunicado? Você? Você? A Venezuela disse algo? Nós só dissemos que respeitamos as instituições brasileiras, e o Brasil resolve seus assuntos internamente, como deve ser”.
Os presidentes do Brasil e da Colômbia mantêm a postura de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis, disseram em declaração divulgada após contato telefônico entre ambos.
O Conselho Nacional Eleitoral e o Tribunal Supremo de Justiça validaram a vitória de Maduro, resultado questionado pela oposição, que afirma ter cópias de 80% das atas eleitorais que dão a vitória a Edmundo González Urrutia.
Na quinta-feira (29) o Ministério Público da Venezuela convocou, pela segunda vez, Urrutia a depor nesta sexta-feira e advertiu que seu não comparecimento será um desacato à Corte e o sujeitará à pena de prisão.
Edmundo González Urrutia não compareceu à primeira convocação.
No último dia 24, Brasil e Colômbia voltaram a defender, em comunicado, a divulgação das atas.