Intimado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, o tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), volta a depor nesta quinta-feira (21), às 14 horas, após a PF constatar omissão em informações em depoimento ocorrido na terça-feira (19), na Polícia Federal.
Desta feita, a oitiva vai acontecer no próprio STF.
A PF enviou a Moraes uma cópia do depoimento de Cid em que cita trechos que os investigadores acreditam ter havido omissão ou contradição nas perguntas relacionadas ao plano golpista que visava matar o presidente Lula, seu vice-presidente, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Em 2023, Mauro Cid assinou um acordo de delação premiada com a PF se comprometendo revelar todos os fatos de sue conhecimento durante o governo Bolsonaro, mas, pela suposta omissão, a PF sugeriu que o Supremo anule o acordo.
A defesa do tenente-coronel afirma que ele não tem conhecimento sobre a tentativa de golpe e que não houve omissão de informação na oitiva na sede da PF.
De acordo com o relatório da Operação Contragolpe, uma das reuniões sobre a trama foi realizada na residência do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, com a participação de Mauro Cid.