Um médico, de 37 anos, foi indiciado pelos crimes de importunação sexual, assédio sexual e registro não autorizado da intimidade sexual. Os episódios registrados contra duas vítimas teriam ocorrido na clínica médica dele em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu a investigação nessa quarta-feira (13) e pediu a prisão do médico, que se encontra foragido. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Contagem e, até o momento, duas vítimas foram identificadas.
De acordo com a delegada Mellina Clemente, responsável pela investigação, uma vítima, de 34 anos, que denunciou o homem, é ex-funcionária da clínica médica do suspeito. “Ela narrou que ao acessar um aparelho celular corporativo da clínica oftalmológica, verificou a existência de fotos de diversas mulheres, sendo elas pacientes e clientes da academia em que o investigado frequentava, e que as fotos focavam nas partes íntimas das mulheres”, detalhou.
A investigação iniciou em março deste ano, quando a equipe da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) recebeu uma denúncia informando que o médico teria dopado uma funcionária para cometer abusos sexuais e fazer registros fotográficos dela.
No curso da investigação, a equipe também cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do médico, em Belo Horizonte, e na clínica onde os fatos teriam ocorrido, em Contagem. O resultado foi a apreensão de aparelhos eletrônicos e uma câmera espiã, que segundo a delegada, armazenavam imagens de cunho sexual. “Durante análise dos materiais, inúmeras fotos de mulheres foram localizadas nos eletrônicos apreendidos no local, incluindo fotografias com foco nas partes íntimas das vítimas, que foram registradas sem que elas percebessem”, apontou Clemente.
A delegada informou, ainda, que a PCMG identificou outra vítima ao longo dos trabalhos investigativos. “Além da vítima que registrou a denúncia, outra vítima foi identificada e ficou surpresa ao se reconhecer em diversas fotos encontradas nos eletrônicos do investigado, que saiu do país de forma definitiva, segundo seus familiares”, concluiu Clemente.