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Megamuro construído pela Vale em Barão já está com 17 metros de altura – VEJA VÍDEO

A estrutura de contenção que a mineradora Vale está erguendo no Complexo do Gongo Soco, em Barão de Cocais, já está com 17 metros de altura, o equivalente a um prédio de cinco andares. Ao final da obra, o paredão terá 36,5 metros de altura, que equivale a um edifício de 11 andares. A mineradora está construindo o megamuro com a finalidade de barrar um eventual colapso da barragem.

A previsão é que todo o processo de descomissionamento da barragem Sul Superior esteja pronto em 2027. As ações da Vale na área da estrutura de rejeitos são listadas em três etapas, sendo estas: obras emergenciais para diminuição de danos em caso de colapso da barragem, descomissionamento dos rejeitos e retirada das estruturas emergenciais seguido do reflorestamento do local. A informação foi repassada pelo gerente de implantação de projetos, Rômulo Souto, durante a visita da imprensa às obras nesta terça-feira (22).

O representante da mineradora afirmou ainda que a Vale estuda uma forma de iniciar a descaracterização da barragem por meio de máquinas. “O que está protocolado é que a gente faria uma recuperação total até 2027, incluindo a parte 3, então estamos programando e planejando a descaracterização dessa barragem de dois anos e meio a três anos. A princípio é isso, mas estamos estudando a melhor tecnologia, para que o início do processo seja até com equipamentos não tripulados, isso é, sem pessoas operando”, explicou Rômulo Souto.

Megamuro construído pela Vale em Barão já está com 17 metros de altura

Relembre

Conforme anunciado com exclusividade pela DeFato no dia 11 de abril, o muro está sendo construído à base de concreto compactado, com 36,5 metros de altura, 5 metros de fundação e 13 metros de espessura, com cerca de 300 metros de extensão.

Em 22 de março a sirene tocou pela segunda vez em Gongo Soco, elevando a barragem para nível 3, com risco iminente de rompimento. No dia 14 de maio a Vale informou ao Ministério Público sobre a instabilidade de um talude localizado na cava da mina, há 1,5 km da barragem. O receio era de que a queda do paredão pudesse ocasionar um abalo que desencadeasse o rompimento da represa de rejeitos.

Diante da situação, a mineradora adotou diversas medidas com o intuito de minimizar os danos na cidade caso a barragem se rompesse. Foram depositados ao longo do rio São João diversos blocos de granito, telas de barramento e escavações ao longo do leito para formar bolsões que depositassem rejeitos. Essas medidas, no entanto, não evitariam a chegada da lama a Barão, por isso o muro está sendo construído.

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