Infelizmente, não vi Pelé. Por vídeos, concluí que ele realmente foi o melhor jogador da história. A capacidade de fazer, há 60 anos, lances muito parecidos aos do futebol atual assusta. Mas, felizmente, pude ver Lionel Messi.
Lembro-me perfeitamente – quando ainda não havia essa facilidade de conferir, quase que instantaneamente, lances ocorridos do outro lado do mundo – de assistir ao maravilhoso gol feito por ele contra o Getafe, em 2007, no Jornal Nacional. À época, encarava Messi como o promissor jogador do Barcelona que poderia ter um belo futuro pela frente.
15 anos depois, cravo que o argentino é o Pelé que eu pude acompanhar. A capacidade de fazer gols de todas as maneiras, o domínio dos fundamentos, a liderança técnica… Messi parece ser um atleta criado no video-game, com todas as características elevadas ao máximo.
Assisti-lo jogar emociona. Quantos jogadores lhe causam tanta expectativa pelo que poderá vir ao tocarem na bola? A bola, sempre colada aos pés, é seu grande amor, sua grande obstinação. Nesta Copa do Mundo, em especial, tem sido ainda mais emocionante acompanhá-lo.
Há seis anos, o baixinho frio, de pouca personalidade, anunciou sua aposentadoria da seleção argentina. Nem o dinamismo do futebol indicava uma mudança de decisão. Mas as coisas se acertaram, a Argentina deu o mínimo que o craque precisava e hoje, juntos, eles escrevem a história mais linda deste Mundial.
História que, para ser perfeita, precisa de um título. Seria frustrante uma trajetória tão bonita terminar em uma segunda colocação. Mais do que o tri argentino, uma vitória no próximo domingo (18) eliminaria todas as dúvidas possíveis sobre Lionel Messi, o Pelé que pudemos ver.
Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.
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