Após os tremores ocasionados por detonações na Mina Periquito, da Vale, na última quarta-feira (19), o Sindicato Metabase de Itabira e Região informou que notificou a mineradora reivindicando esclarecimentos sobre a situação e os reflexos que isso pode gerar na comunidade. A entidade também destacou que o monitoramento de ações como desmonte de rochas não faz parte do seu escopo de atuação, mas que “toda e qualquer atividade que coloque em risco os trabalhadores e ou comunidade” é de seu interesse.
“Não temos certeza da origem dos tremores e não detemos qualificação técnica para fazer tal afirmação. Apesar disso, nós já notificamos a empresa e reivindicamos total esclarecimento sobre a situação e seus reflexos. Estamos atuando como organização sindical e também através do nosso diretor-presidente [André Viana] no conselho de administração da empresa [Vale]”, destacou, em nota, o Sindicato Metabase.
Embora não tenha como atribuição a fiscalização ou acompanhamento sobre detonações em minas, a entidade sindical afirmou que está atenta a qualquer atividade que possa colocar em risco os trabalhadores da mineradora Vale e a comunidade itabirana. “Não faz parte do escopo de funções de sindicatos o monitoramento de detonações na mineração. Estas atribuições estão listadas em legislações federais e é regulamentada por órgãos como o antigo DNPM [Departamento Nacional de Produção Mineral] e atual ANM [Agência Nacional de Mineração]. Ainda sim, o transporte e uso de explosivos são de responsabilidade da empresa com fiscalização do exército e polícia federal, que detém expertise técnica sobre o tema”, explicou o Sindicato Metabase.
“Apesar disso, toda e qualquer atividade que coloque em risco os trabalhadores e ou comunidade é de interesse do sindicato que não abre mão da luta pela proteção e defesa dos seus representados em especial da sua saúde e segurança”, completou.
O Sindicato Metabase ainda ressaltou algumas ações que podem ser feitas para minimizar os impactos das ações da mineração: “Primeiramente é o cumprimento total da legislação vigente sobre o tema e a fiscalização por partes dos órgãos responsáveis. No ademais, todos os impactos devidamente comprovados devem ser mitigados e eventuais danos devem ser corrigidos e, se for o caso, indenizados. Importante frisar que a atividade minerária tem seus impactos e a vigilância coletiva, ou seja, de todos nós, precisa ser constante e firme”.