Os metroviários de Belo Horizonte realizaram assembleia nesta quinta-feira (31) e decidiram manter a greve do metrô, por tempo indeterminado. A paralisação começou no último dia 21 de março e o transporte só circula entre 10h e 17h, sendo que as estações ficam fechadas nos demais horários.
A categoria faz a mobilização para pedir a garantia de emprego dos trabalhadores, mesmo com a privatização do metrô de Belo Horizonte. A CBTU informou que o metrô da capital transporta mais de 100 mil usuários em dias úteis e que aproximadamente 70 mil passageiros são prejudicados com a escala de funcionamento entre 10h e 17.
A CBTU informou ainda que, no dia 22 de março, solicitou ao Tribunal Regional do Trabalho o aumento da multa diária, “considerando que os metroviários descumprem, desde o dia 21, definição do TRT que decide o funcionamento do metrô nos horários de pico, das 5h30 às 10h e das 16h30 às 20h, porém, o TRT não acolheu o pedido da Companhia”, comunicou a empresa.
De acordo com a CBTU, o processo de privatização está sendo conduzido pelos Ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional e que “as demandas relativas ao processo devem ser endereçadas aqueles entes”.
Na assembleia, também foi votada e aprovada a proposta para assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2022-2023. Porém, o Sindimetro-MG disse que os trabalhadores entenderam como “chantagem da empresa” o condicionamento de que o acordo só seria concretizado com o fim da greve do metrô em Belo Horizonte.