Minas Gerais: sobe para 20 o número de mortos no período chuvoso

Os últimos óbitos aconteceram em Caldas e Barbacena. Carmópolis, Ribeirão das Neves e Santa Rita do Sapucaí registraram acidentes entre segunda e terça-feira

Minas Gerais: sobe para 20 o número de mortos no período chuvoso
Caldas registrou uma morte após as chuvas que atingiram a cidade entre segunda e terça-feira – Foto: CBMMG/Divulgação

Vinte pessoas morreram em Minas Gerais desde o início do período chuvoso, em 21 de setembro do ano passado, segundo o boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) divulgado nesta terça-feira (10).

Nesta madrugada, um casal de idosos morreu em Caldas, no Sul de Minas, após um deslizamento de terra. De acordo com a Cedec, chovia quando um talude deslizou e atingiu a casa das vítimas no distrito de Santana de Caldas. Morreram um homem de 70 anos e uma mulher de 66. Eles foram encontrados sob os escombros por populares.

Um neto do casal que estava no imóvel sofreu apenas ferimentos leves e foi levado para um hospital. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Defesa Civil Municipal, Corpo de Bombeiros e a perícia da Polícia Civil atuaram no atendimento no local.

Na segunda-feira (9), em Barbacena, no Campo das Vertentes, um jovem de 23 anos morreu após parte da casa dele desabar durante a chuva. Os outros seis moradores do imóvel, no bairro Santa Cecília, foram resgatados. Segundo a Defesa Civil, a residência havia sido atingida por um incêndio em outra ocasião, o que pode ter contribuído para o desabamento. A Cedec e demais órgãos aguardando o laudo técnico para confirmar as causa do colapso.

A Defesa Civil de Minas Gerais ainda destacou outras ocorrências de segunda-feira. Em Ribeirão das Neves, na Grande BH, imóveis desabaram, deixando cinco pessoas desabrigadas e 22 desalojadas. Onze casas precisaram ser interditadas.

Em Carmópolis de Minas, no Centro-Oeste do estado, parte do asfalto cedeu no km 75 da MG-270, danificando a estrutura da ponte que liga o município a Passa Tempo. Anteriormente, uma represa perto do local rompeu e causou danos ambientais. A Polícia Militar de Meio Ambiente e a Defesa Civil da cidade já tomaram providências.

E em Santa Rita do Sapucaí, no Sul do estado, um deslizamento de terra atingiu a lateral de uma casa. A residência foi vistoriada e a assistência social do município disponibilizou um imóvel para realocar os moradores, mas eles se recusaram e assinaram um termo de responsabilidade.

Ao todo, de acordo com o boletim, de setembro até agora, Minas Gerais registrou 10.816 pessoas desalojadas – que precisaram desocupar os imóveis, mas se deslocaram para as casas de parentes ou amigos, e outras 1.974 ficaram desabrigadas – foram para abrigos públicos em função de danos ou ameaças de danos em seus domicílios. São 131 municípios em situação de emergência em Minas Gerais.

Ações da Defesa Civil

O tenente-coronel Sandro Corrêa, chefe da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, reforça que todas as equipes da Defesa Civil estão em campo, atuando com apoio das demais forças de segurança no enfrentamento às situações causadas pelas intensas chuvas.

“O estado inteiro é monitorado 24 horas por dia, em todas as suas 19 regiões. Atuamos sempre em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, que realizam um importante trabalho preventivo junto aos municípios, além de serem fundamentais no resgate de vítimas, por exemplo. Continuamos orientando a população a não se arriscar e não subestimar o perigo das chuvas”, alertou o tenente-coronel em entrevista no último domingo (8).

Cuidados

Entre as principais dicas para prevenção às chuvas estão as recomendações para que as pessoas nunca se abriguem embaixo de árvores ou de proteções metálicas frágeis, que podem apresentar risco de quedas; evitem trafegar por áreas alagadas e por regiões próximas a rios e cachoeiras; e não permaneça nas proximidades de janelas, portas, canos e outros objetos metálicos.

Além disso, recomenda-se à população evitar áreas sujeitas a deslizamentos e inundações e não tentar salvar bens materiais, em caso de risco imediato, como a rápida subida do nível de água.

Diante de qualquer problema, a população pode ligar para a Defesa Civil no número 199, ou para o Corpo de Bombeiros, no 193. Se houver sinal de trincas na estrutura da casa e movimentação de solo a pessoa deve deixar o imóvel imediatamente e chamar o 199.

* Com Agência Minas.