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Ministério Público determina banimentos de torcidas organizadas de Atlético e Cruzeiro

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Foto: Agência i7/Mineirão e Bruno Cantini/Atlético-MG

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) determinou o banimento temporário das Torcidas Organizadas Máfia Azul e Galoucura por conta do confronto entre elas no último sábado (2), em Belo Horizonte. A briga resultou na morte de um torcedor e outros dois ficaram feridos.

Em comunicado, o Ministério Público afirma que as Torcidas Organizadas Máfia Azul e Galoucura foram banidas temporariamente, por dois anos. “Elas estão proibidas de frequentar estádios no território nacional e seus respectivos entornos nos dias de jogos, respeitando um raio de cinco mil metros”, determinou o MPMG.

A Galoucura, que retornou de punição de um ano, seguida de outra de três meses, em 2022 e 2023, está banida temporariamente até 4 de março de 2026. Já a Máfia Azul, que havia sido banida temporariamente até março de 2026, cumprirá o novo banimento entre 15 de março de 2026 e 15 de março de 2028.

O banimento temporário consiste na proibição do uso, porte e exibição de qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa caracterizar a presença da torcida nos estádios ou seus respectivos entornos nos dias de jogos.

Na Recomendação, expedida nesta segunda-feira (4), o promotor de Justiça Fernando Ferreira Abreu, do Procon-MG, aponta que as desavenças entre as Torcidas Organizadas Máfia Azul, do Cruzeiro, e Galoucura, do Atlético, vem, ao longo dos anos, causando severos transtornos à ordem pública e insegurança à sociedade, pois a escalada do conflito não cede, mesmo diante das reiteradas punições administrativas às referidas entidades.

Ainda segundo Fernando Abreu, é urgente a criação de um cadastro nacional de torcedores suspensos ou impedidos de frequentarem eventos esportivos, com o desenvolvimento de fluxo procedimental próprio, no âmbito do Poder Judiciário. “Os clubes de futebol e as Sociedades Anônimas do Futebol (SAF’s) devem adotar procedimentos internos para que torcidas organizadas, nitidamente associadas à prática de violência, sejam coibidas de utilizar símbolos e escudos para evitar sanções na esfera desportiva, haja vista a responsabilidade civil objetiva prevista na Lei Geral do Esporte”, ressalta.

No mesmo sentido, “apresenta-se pertinente, nos moldes dos Termos de Ajustamento de Conduta firmado nos autos do procedimento preparatório 05/08, que as torcidas organizadas Máfia Azul e Galoucura permaneçam proibidas de, nos dias de jogos de Cruzeiro e Atlético, utilizarem as respectivas sedes, sob pena de multa no valor de R$ 50 mil, na forma da cláusula 9ª dos TAC’s firmados”, completa Fernando Abreu.

Criação de grupo especializado

O promotor de Justiça Fernando Abreu enviou ofício ao procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, sugerindo a criação de um grupo especializado, no interior do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPMG, para combate à criminalidade associada a eventos de futebol. “A questão não se restringe à violência no futebol, e para que, entendendo por necessário, provoque o Tribunal de Justiça de Minas Gerais para o desenvolvimento de estratégia interinstitucional de controle de torcedores suspensos/banidos de eventos desportivos”, afirma o promotor de Justiça.

*Com informações do MPMG

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