Professores e técnicos administrativos de instituições públicas de ensino superior estão reivindicando melhorias salariais e condições de trabalho adequadas em todo o Brasil. Em Minas Gerais, a mobilização já paralisou atividades em várias universidades e institutos federais e conta com um amplo calendário de atividades.
Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), professores e técnicos administrativos estão em mobilização. A pauta de reivindicações abrange não apenas questões salariais, mas também demandas relacionadas à carreira e ao financiamento da educação pública.
Em nota, a reitoria da UFMG reconheceu a legitimidade da greve: “Greve é um direito constitucional da classe trabalhadora e compete aos sindicatos e a cada servidor a decisão de como e quando exercê-lo”. O comunicado também informou que o calendário acadêmico pode ser ajustado após o término da greve caso seja necessário.
Na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), a luta inclui incorporação de gratificações, ajuda de custo aos salários e o aumento da carga horária docente de 20h para 40h semanais
Outro problema é o regime restrito de dedicação exclusiva, permitido apenas para cargos da alta chefia atualmente. “Sem remuneração digna, professores da UEMG precisam se desdobrar em dois ou três outros empregos, o que sobrecarrega a categoria e prejudica os pilares de ensino, pesquisa e extensão da universidade. Só para se ter uma ideia, o salário da UEMG é o segundo mais baixo entre todas as universidade públicas do Brasil”, afirma a categoria.