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Moradores reclamam de barulho de festival musical no Parque da Pampulha, em BH

Moradores reclamam de barulho de festival

(Foto: Divulgação)

Representantes de associações de moradores do bairro Bandeirantes, em Belo Horizonte, reclamam que o Festival Sensacional, realizado no fim de junho no Parque Ecológico da Pampulha, teria trazido transtornos para a comunidade, que se queixa de complicações no trânsito e do excesso de barulho. O assunto foi levado para discussão em audiência pública promovida pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, nesta segunda-feira (10).

No encontro, representantes da Prefeitura de Belo Horizonte afirmaram que uma série de condicionantes para a mitigação dos impactos teriam sido cumpridas pelos realizadores do festival. Requerente da reunião, o vereador Sergio Fernando Pinho Tavares (PL) defendeu a busca de políticas equilibradas, capazes de conciliar o respeito aos direitos dos moradores com os interesses daqueles que buscam empreender no campo da cultura em Belo Horizonte.

De acordo com Paula Lisboa, da Associação Pró-interesses do Bairro Bandeirantes (Apibb), a realização do Sensacional afetou negativamente o cotidiano da vizinhança. Segundo ela, a reclamação mais frequente dos moradores tem a ver com a poluição sonora. De fato, os produtores do evento chegaram a ser autuados pela Prefeitura de Belo Horizonte em função do descumprimento dos limites de produção de ruídos: em alguns pontos, foi registrada a marca de 80 decibéis durante a realização dos shows, ao passo que a legislação municipal impõe 60 decibéis como o volume limite entre as 19h e 22h, horário em que a festa foi realizada.

Na audiência, foram apresentadas ainda queixas quanto à piora do trânsito no entorno, além de externadas preocupações quanto aos impactos do barulho para o bem-estar dos animais que vivem no Zoológico Municipal, situado nas proximidades do parque. Diante dos problemas, Paula Lisboa reivindicou o fim da realização de grandes espetáculos no Parque Ecológico da Pampulha, defendendo que o espaço seja destinado a pequenos eventos, que se integrariam com mais facilidade ao dia a dia da vizinhança e não colocariam riscos ao meio ambiente e à fauna local.

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