Os representantes dos motoristas informaram que o movimento é pacífico e tem o apoio do Sindicato Metabase Inconfidentes e da Central Sindical Popular Conlutas. As reivindicações são de melhores condições de trabalho, aumento do valor do vale alimentação, pagamento de horas extras, locais adequados de descanso nas minas e a readmissão dos três funcionários demitidos em função da paralisação ocorrida sexta-feira (15).
Esses motoristas tem cargo na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e, por isso não podem ser demitidos por até um ano após deixarem a comissão. Essa medida evita que haja perseguição patronal, já que a comissão visa melhorar a qualidade de vida e saúde dos trabalhadores.
O site Agência Primaz de Comunicação conversou com um dos motoristas demitidos. Hebert Junior Moreira explicou que, em função da pandemia, os motoristas passaram a ser responsáveis pela higienização dos veículos. Além disso, ele alega que não existe um local adequado para o descanso dos trabalhadores nas minas, principalmente entre os turnos de trabalho.
Outros lados
O presidente do STTROP, Wanderson Epifânio, diz que a greve dos motoristas é organizada por uma terceira entidade e não é reconhecido pelo sindicato. “O indicativo de greve não está sendo conduzido pelo sindicato dos rodoviários de Ouro Preto, com base em Mariana e Itabirito. Ficamos sabendo que teve um ato de represália da empresa porque a greve é liderada por outra entidade representativa”.
A Univale informou, por meio de contato direto com o site Agência Primaz, que “teve sim o movimento, conduzido pelo Sindicato dos Inconfidentes, alheio ao Sindicato dos Rodoviários, ou seja, movimento totalmente ilegal”. A mensagem diz ainda que “a empresa já está tomando as medidas judiciais cabíveis”.