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Motoristas paralisam atividades em quatro minas da Vale

Motoristas paralisam atividades em quatro minas da Vale

Dezenas de ônibus da Univale estão há dois dias sem levar trabalhadores para as minas da Vale. Foto: Lui Pereira / Agência Primaz

Desde a quinta-feira (14), motoristas da empresa Univale deixaram de levar trabalhadores para pelo menos quatro minas administradas pela Vale: Fazendão, Alegria, Timbopeba e Fábrica Nova.

Os trabalhadores alegam que ainda não foram ouvidos nem pela empresa, nem pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Ouro Preto (STTROP), que representaria a categoria. O sindicato dos rodoviários não reconhece o movimento grevista. A Univale afirma que a mobilização é “totalmente ilegal”.

Motoristas se concentraram nos arredores da pirâmide da Vila Samarco. Foto: Lui Pereira / Agência Primaz

Os representantes dos motoristas informaram que o movimento é pacífico e tem o apoio do Sindicato Metabase Inconfidentes e da Central Sindical Popular Conlutas. As reivindicações são de melhores condições de trabalho, aumento do valor do vale alimentação, pagamento de horas extras, locais adequados de descanso nas minas e a readmissão dos três funcionários demitidos em função da paralisação ocorrida sexta-feira (15).

Esses motoristas tem cargo na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e, por isso não podem ser demitidos por até um ano após deixarem a comissão. Essa medida evita que haja perseguição patronal, já que a comissão visa melhorar a qualidade de vida e saúde dos trabalhadores.

O site Agência Primaz de Comunicação conversou com um dos motoristas demitidos. Hebert Junior Moreira explicou que, em função da pandemia, os motoristas passaram a ser responsáveis pela higienização dos veículos. Além disso, ele alega que não existe um local adequado para o descanso dos trabalhadores nas minas, principalmente entre os turnos de trabalho.

Outros lados

O presidente do STTROP, Wanderson Epifânio, diz que a greve dos motoristas é organizada por uma terceira entidade e não é reconhecido pelo sindicato. “O indicativo de greve não está sendo conduzido pelo sindicato dos rodoviários de Ouro Preto, com base em Mariana e Itabirito. Ficamos sabendo que teve um ato de represália da empresa porque a greve é liderada por outra entidade representativa”.

A Univale informou, por meio de contato direto com o site Agência Primaz, que “teve sim o movimento, conduzido pelo Sindicato dos Inconfidentes, alheio ao Sindicato dos Rodoviários, ou seja, movimento totalmente ilegal”. A mensagem diz ainda que “a empresa já está tomando as medidas judiciais cabíveis”.

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