A jovem Drielly Souza, de 21 anos, sempre acompanhou o pai, o esportista Edvan Lemes de Souza (Barranco) para os jogos de futebol. O encanto com a bola rolando no campo, o gramado verde e aquele grito de gol na arquibancada ecoavam os seus sonhos de menina. “Um dia eu também vou estar ali”, afirmava para si mesma.
Desde os sete anos de idade Drielly joga futebol, seja com os meninos ou com as meninas. E, aos 9 anos iniciou os treinos na Seleção de João Monlevade com o treinador Douglas Oliveira. Aos 19 iniciou os trabalhos como atleta profissional do Ipatinga Futebol Clube como meio-campo.
“O esporte representa muita coisa em minha vida. Torno-me ainda mais feliz quando o estou praticando”, comenta lembrando que anteriormente, esteve jogando na Taça BH e na Copa Centenário pelo Prointer Futebol Clube, um time da várzea de Belo Horizonte.
Fã dos atletas Cristiano Ronaldo e da Marta, Drielly conta que eles representam o perfil profissional que ela busca para dentro do esporte e principalmente fora dos campos.
Pandemia: Neste período em que a prática esportiva está tão limitada, manter o ritmo das atividades não é tarefa fácil. “Vou confessar que tem sido muito difícil. No começo da pandemia tive que treinar em casa pois as academias estavam fechadas”, explica. Para manter o foco nas atividades, ela consegue se exercitar um pouco em casa e em uma academia da cidade que lhe dá patrocínio.
“Devido a pandemia várias atletas contraíram Covid-19 e foram impossibilitadas de jogar. Fazíamos o teste duas vezes por semana no nosso Centro de treinamento antes dos jogos”, explica a atleta que está em isolamento social em João Monlevade.
Namorado e família: Drielly conta que fez muitos amigos jogando futebol, inclusive ela cita que conheceu o atual namorado jogado contra ele. “Sempre fui tratada com muito respeito”, lembra a jovem.
Ela comenta ainda que a família tem sido sua base e incentivo para buscar seus sonhos. “Eu tenho muita gratidão pela minha família, meus pais são muito batalhadores e sempre me ajudaram, mesmo com o preconceito que ainda vivemos no futebol feminino. Mesmo assim, eles nunca deixaram de me incentivar”, diz.
Para Drielly é um orgulho ser mulher. “A frase que sempre levo comigo é que lugar de mulher é onde ela quiser”, falou a menina empoderada.
*Com informações da Prefeitura Municipal de João Monlevade