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Mulher trans é presa por roubo seguido de morte em Belo Horizonte

Segunda fase da Operação Segurança Máxima avança na investigação sobre crimes praticados por policial civil na Zona da Mata

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma mulher trans, de 30 anos, foi presa por envolvimento no crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, no bairro Jardim Atlântico, região de Venda Nova, em Belo Horizonte. A vítima foi um homem de 52 anos, encontrado morto no dia 12 de agosto, em uma cena que simulou um acidente de trânsito.

No dia 12 de agosto, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de acidente de trânsito. No local, a equipe do Samu confirmou a morte da vítima, encontrada presa entre uma árvore e a porta da própria caminhonete.

“Uma testemunha informou que, por volta das 16h do dia do crime, viu uma caminhonete prata estacionada na contramão e notou quatro pessoas desembarcando, aparentando estar em discussão. Ela descreveu um homem mais velho saindo do lado do motorista, que seria a vítima, e outras três mulheres, que depois identificamos como mulheres transexuais envolvidas no incidente”, revelou o delegado Warlyson de Oliveira Henriques, responsável pelo caso.

Com o avançar das investigações, conduzidas pela 2ª Delegacia de Polícia Civil Venda Nova, a Polícia Civil de Minas Gerais chegou à conclusão de que se tratou de um caso de latrocínio. “O crime ocorreu em um conhecido ponto de prostituição de mulheres trans. Após um desentendimento, as suspeitas levaram o celular da vítima e fugiram sem prestar socorro. Câmeras de segurança auxiliaram na identificação das envolvidas”, ressaltou o delegado.

Como foi o crime

Segundo a reconstituição da Polícia Civil, a vítima parou o veículo para contratar os serviços de duas profissionais do sexo. Enquanto elas estavam no carro, uma terceira tentou entrar, o que fez o homem suspeitar de uma possível armadilha. Ao perceber a situação, ele tentou sair rapidamente do veículo, mas acabou sendo prensado entre a caminhonete e uma árvore.

“Provavelmente o veículo estava desengrenado, e o peso da caminhonete pode ter exercido uma força significativa sobre o corpo da vítima, o que por fim causou uma compressão no tórax que o levou à morte”, explicou Henriques.

Imagens de segurança analisadas pela Polícia Civil mostram que as suspeitas inicialmente tentaram ajudar a vítima, que estava em estado grave. No entanto, momentos depois, roubaram o celular dela e fugiram do local. Durante as investigações, a PCMG descobriu que as envolvidas já haviam sido acusadas de crimes patrimoniais com método semelhante.

O inquérito policial foi concluído com o indiciamento da suspeita pelo crime de roubo seguido de morte. Em interrogatório, a investigada negou participação no crime. “Ela foi encaminhada ao sistema prisional e está à disposição da Justiça. A investigação prossegue para localizar as demais envolvidas, que estão foragidas”, informou a Polícia Civil.

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