A Seleção Brasileira tem jogo importante nesta quarta-feira (2) pela Copa do Mundo Feminina de 2023. O Brasil vai enfrentar a Jamaica amanhã (2), às 7h (horário de Brasília), no Estádio Retangular de Melbourne, na Austrália, e precisa vencer para conseguir se classificar para as oitavas de final do torneio. A craque brasileira Marta comentou sobre o confronto.
Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (1) ao lado da técnica Pia Sundhage, Marta compartilhou reflexões sobre sua carreira, a evolução do futebol feminino e também comentou sobre a partida decisiva. O retrospecto é favorável para as brasileiras, que venceram os dois confrontos anteriores contra as jamaicanas. Com a possibilidade de entrar em campo, Marta projetou o último duelo da fase de grupos contra a Jamaica, enfatizando a importância de uma vitória para garantir a classificação para a próxima fase.
“Cada jogo é diferente, o favorito nem sempre ganha. Temos que respeitar o adversário, independentemente de quem está do outro lado. É 11 contra 11. Nunca vi ninguém jogar com 12 ou 13. Temos que fazer acontecer dentro de campo, para que a gente possa se sentir confortável nessa situação. Antes da bola rolar, é tudo igual. Quando rolar, temos que mostrar o nosso futebol. Isso vai depender do nosso desempenho, até então, não tem nada definido”, disse Marta.
“Lógico que o jogo vai ser nervoso, porque é um jogo de mata-mata. Para nós, começou antes do previsto. Temos uma equipe qualificada, mas são jogos de grandes competições. Estamos jogando uma Copa do Mundo, temos que estar preparadas para tudo. Para nós que já vivemos esse momento, temos que estar preparadas. Como a Pia falou, amanhã é um jogo decisivo, e não queremos voltar para casa cedo. Queremos continuar na competição”, completou.
O legado da Rainha
Em 2023, Marta é símbolo de luta, inspiração e determinação para milhares de mulheres em todo o mundo. Quando iniciou sua jornada no futebol, era difícil encontrar referências na modalidade, o que tornava o caminho para as meninas que sonhavam em jogar futebol mais desafiador. No entanto, ao longo dos anos, a situação mudou significativamente. Atualmente, Marta e sua geração são reconhecidas como referências globais, tanto dentro quanto fora dos gramados, inspirando uma nova geração de atletas.
“ Sabe o que é legal? Quando eu comecei a jogar, eu não tinha uma ídola no futebol feminino. A imprensa não mostrava jogo do futebol feminino. Como eu ia entender que eu poderia ser uma jogadora, chegar à seleção, e me tornar uma referência? Hoje a gente sai na rua e os pais falam. “Minha filha quer ser igual a você”. Hoje temos nossas próprias referências. Isso não teria acontecido isso se nós tivéssemos parado nos obstáculos. A gente pede muito que a nossa geração continue inspirando mais meninas”.
*Com informações da CBF