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“Nariz entupido”: saiba as causas e o que fazer

Foto: Júlia Souza/DeFato

O “nariz entupido” (obstrução nasal) é um sintoma muito prevalente na população e gera grande desconforto. Quem não respira pelo nariz fica privado dos benefícios da respiração nasal, como a umidificação, aquecimento e  purificação do ar. Como consequência, pode haver queixa de boca seca, dor ou sensação de ardor na garganta, mau hálito, alterações do olfato, alterações na oclusão dentária, alterações estruturais no esqueleto da face.

Essa condição também pode ocasionar sintomas como indisposição, perda de apetite, distúrbios do sono,  baixo rendimento na escola e no trabalho, irritabilidade.

A obstrução nasal pode ser temporária quando decorrente de infecções virais e bacterianas, como resfriados, gripes e sinusites. Pode ser duradoura se decorrente de rinite, alterações na estrutura do nariz ou tumores. A rinite é uma condição inflamatória da mucosa nasal, muito comum na população. Além do nariz entupido, o indivíduo pode se
queixar de espirros, coceira no nariz, coriza, alteração do olfato.

Alterações estruturais do nariz, como desvio de septo nasal e o aumento das conchas nasais, geram estreitamento da passagem do ar pelas narinas, ocasionando a obstrução nasal.

A sinusite de repetição ou persistente também deve ser avaliada, pois há vários tipos de sinusites, que demandam apenas tratamento medicamentoso ou tratamento cirúrgico. Atenção especial deve ser dada sobre a possibilidade da obstrução nasal ser decorrente de tumores benignos e malignos (câncer). Muitas dessas doenças podem ter como manifestação inicial a queixa de entupimento nasal, por isso a importância da investigação detalhada.

Em crianças, as causas mais comuns são o aumento da adenóide e a rinite alérgica. É necessário avaliar a melhor opção de tratamento que vai desde o uso de medicamentos, imunoterapia (vacina) para o controle mais efetivo e duradouro da rinite alérgica até a indicação de cirurgia. Tais condutas auxiliam na prevenção de sequelas faciais e
dentárias, decorrentes da respiração persistente pela boca.

Nos casos de obstrução nasal persistente, o otorrinolaringologista poderá avaliar detalhadamente as estruturas internas do nariz. Isso se dá através da endoscopia das cavidades nasais e também de exames de imagem, como por exemplo, a tomografia computadorizada.

Em resumo, a obstrução nasal frequente ou persistente deve ser avaliada cuidadosamente pelo otorrinolaringologista, com o auxílio  de exames complementares, para um correto diagnóstico e indicação do melhor tratamento, que irá impactar na melhoria da qualidade de vida e evitar repercussões negativas que tal sintoma pode causar a longo prazo.

Dra. Bárbara de Melo Torres Alves é otorrinolaringologista. CRM/MG 57.290 | RQE: 41531

O conteúdo expresso neste espaço é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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