O vereador Weverton Júlio de Freitas Limões “Nenzinho” (PMN) negou participar de esquema de “rachadinha” na Câmara de Itabira. Em entrevista à imprensa na Delegacia de Polícia Civil, o parlamentar disse estar de consciência tranquila e não saber por que foi preso na manhã desta terça-feira, 2 de julho. Além dele, também foi detido o diretor administrativo do Legislativo, pastor Aílton Moraes.
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“Até agora eu não sei ao certo do que se trata. Mas eu quero dizer que eu glorifico o nome do meu Senhor por esta prisão. A humilhação de hoje é a glória de amanhã. A minha ficha é limpa, eu tenho uma vida limpa, eu tenho uma vida pregressa limpa, não tenho condenação, não tenho passagem”, afirmou o parlamentar.
Nenzinho argumentou que nunca foi ouvido pela Polícia Civil de Itabira no inquérito que apura a prática da rachadinha, que é o quando o agente político se apropria de parte dos salários dos servidores. Ao se defender, disse que a prisão foi motivada por calúnias.
“No meu gabinete não tem isso (rachadinha), todo mundo recebe salário integral. Se houve alguma falácia sobre isso, é calúnia que inventaram com meu nome. Eu tenho a consciência tranquila e estou muito tranquilo com a minha vida. Se for para eu descer para o presídio, vou descer para o presídio. Vou fazer o que a Justiça mandar, mas eu estou muito tranquilo”, exclamou o parlamentar.
De acordo com a Polícia Civil, o inquérito que apura a prática da rachadinha na Câmara de Itabira teve início no ano passado. O delegado regional Helton Cota, em entrevista à imprensa, afirmou que Nenzinho e o diretor da Câmara, pastor Ailton Moraes, foram detidos porque estavam coagindo testemunhas que seriam ouvidas pela PC.
Para Nenzinho, as denúncias são fruto de mágoas. “Pessoas que trabalham no gabinete, depois que são demitidas, ficam com raiva do político. A pessoa é amiga do político enquanto ela trabalha. Depois que é demitida, ela fica com raiva do político”, finalizou o vereador.