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No Dia do Livro, escritores itabiranos contam suas trajetórias

livro escrita

Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (29) é comemorado o Dia Nacional do Livro. Criada em 1810, a data remete à fundação da primeira biblioteca brasileira, a Real Biblioteca, no Rio de Janeiro, então capital do país. Conhecida como a terra Carlos Drummond de Andrade, um dos grandes nomes da poesia mundial, Itabira carrega em sua história muito mais que “noventa por cento de ferro nas calçadas e oitenta por cento de ferro nas almas”.

Em seu berço, o município dispõe de grandes talentos da literatura. Do romance ao teatro, das crônicas às poesias, são muitos itabiranos talentosos aqui presentes. A itabirana Marlete Rocha, escreve poesia desde muito nova. Autora do Livro “Encontros em Versos”, parceria com o filho Everton Rocha, ela conta que se considera uma pessoa poética. Inspirada, principalmente, pela solidão da noite e momentos tristes, a autora pondera que o ato de escrever é que a faz sentir ímpar.

“Escrever é o que me eleva a alma, pois é quando posso colocar no papel tudo que sinto. Quando debruço sobre o papel, eu fotografo e imprimo os meus sentimentos”, disse Marlete.

Apaixonada por histórias, conta que enxerga os livros como “uma viagem entre leitor e autor”, pois é um momento onde ambos compartilham sentimentos.

Foto: Arquivo pessoal

Outro itabirano que também se encontrou na escrita é Marconi Ferreira. Escritor há mais de 40 anos, decidiu, após a faculdade de Direito, que iria registrar os seus trabalhos. Mas foi em 2013, quando resolveu fazer um ensaio, que surgiu o livro “Menino da Mina”, uma de suas obras favoritas.

“Essa obra é muito marcante para mim, pois eu a conto aos olhos de uma criança, um menino, filho de mineiros, neto de mineiros e sobrinho de mineiros. Além, é claro, do afeto pelo tempo que trabalhei na vale”, conta o escritor.

Encarando a literatura com um olhar especial, ele conta que se inspira em grandes escritores nacionais. “Eu gosto de ler desde os tempos de escola e os romances, os poemas e os contos sempre me encantaram. Cresci acompanhando Euclides da Cunha, Manuel Bandeira e outros nomes do cenário nacional que carrego como inspirações”, pontua.

Foto: Arquivo pessoal

Natural de Coronel Fabriciano, Margareth Duarte mudou-se para Itabira ainda na infância e aqui desenvolveu o seu amor pela escrita. Movida pela poesia, ela discorre que para ela, a escrita é uma revelação da personalidade de quem escreve. “Muitas vezes, a escrita te liberta, te leva para outro universo: de sentimentos, de mostrar para as outras pessoas, como você as vê, como vê uma planta, um campo, um jardim, uma cidade e assim vai”, expressa Margareth.

“Eu escrevo pensando em meus alunos, fonte inesgotável de inspiração, nos meus filhos, nas pessoas que observo por onde passo, nas paisagens, nos animais, nas crianças, nos locais que visito, em meu trabalho, em tudo que leio. Observo, aprendo, tento entender e expressar o que sinto em relação a isso”, ressalta Margareth.

Foto: Arquivo pessoal
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