A infraestrutura e os serviços públicos municipais de saúde precisam de melhorias para absorver toda a demanda e oferecer atendimentos de qualidade aos pacientes de Itabira e região. Esse é o entendimento do prefeito Marco Antônio Lage (PSB), que pretende investir cerca de R$ 25 milhões no setor até o fim do seu mandato — previsto para acontecer em dezembro de 2024. A declaração foi dada na última segunda-feira (13), durante a visita do senador Alexandre Silveira (PSD) e o deputado estadual Bernardo Mucida (PSB) ao Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD).
“A previsão em nosso plano de metas, até o final do nosso mandato, é [investir] de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões na saúde pública do Município”, garantiu Marco Antônio Lage.
Em seu pronunciamento, o prefeito de Itabira enumerou alguns dos principais desafios a serem enfrentados para melhorar os serviços de saúde oferecidos pela Prefeitura de Itabira. “São 32 PSFs [Programa de Saúde da Família], todos sucateados, é triste falar isso, mas como prefeito temos que encarar a realidade e mostrar para a população. Os PSFs funcionam com apenas duas equipes. Então estamos trabalhando para construir sete unidades maiores, com quatro equipes para atender o itabirano”, relatou.
“Também precisamos preparar a atenção secundária; uma nova policlínica é necessária; um centro de reabilitação; e da saúde mental”, observou Marco Antônio Lage. “Nós somos responsáveis sanitários por 300 mil pessoas, chegando a 500 mil na oncologia — e nós seremos responsáveis por cerca de um milhão de pessoas, em 35 cidades [com o HNSD se tornando macro referência regional em saúde]. Temos que nos preparar para isso: melhorar a atenção primária para desafogar a secundária e terciária para que possamos receber bem e dar o atendimento necessário”, completou.
Outro ponto avaliado pelo prefeito de Itabira foi o atendimento em urgência e emergência, que atualmente, em Itabira, é concentrado no Pronto-Socorro Municipal. Para Marco Antônio Lage, é necessária a criação de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que possa desafogar esse sistema, dando mais agilidade aos procedimentos. “Nós precisamos de ter uma UPA em Itabira. Somos uma cidade de 120 mil pessoas e o pronto-socorro, que também precisa de mais investimentos, recebe 400 pacientes em média por dia, e a nossa estrutura está aquém disso tudo”, avaliou.
A necessidade desses investimentos passa pelo entendimento de que a saúde é um setor importante para o processo de diversificação e desenvolvimento econômico — seja para ofertar tratamentos de qualidade para a população local e regional seja para a implantação de novos negócios e empreendimentos ligados a área. Nesse sentido, um dos projetos já encaminhados é a implantação de um curso de medicina em Itabira, processo que está em fase final de criação na UNIFUNCESI.
“Nós vivemos essencialmente dependentes da mineração — 85% da nossa economia é em função da Vale. Por isso, também estamos inovando no relacionamento com a Vale para trabalharmos em vários projetos para a estruturação do nosso Município, entre eles na saúde”, afirmou Marco Antônio Lage.