Um investimento bilionário promete revolucionar a economia fluminense criando cerca de 68 mil empregos e injetando ao menos R$ 2,5 bilhões na economia local.
Esse é o impacto previsto com a obra da Estrada de Ferro 118 (EF-118), uma ferrovia que pode transformar a infraestrutura e dar impulso ao desenvolvimento regional, no Norte fluminense.
Essa linha vai interligar o Porto do Açu, em São João da Barra, à malha ferroviária nacional, unindo as regiões norte do estado a outros centros econômicos, facilitando o escoamento de mercadorias e impulsionando setores estratégicos.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), acredita que o projeto tem potencial para adicionar R$2,5 bilhões ao PIB local, fortalecendo ainda mais a infraestrutura regional e nacional.
A criação de milhares de empregos diretos e indiretos (cerca de 68 mil) na construção da EF-118, mais os salários pagos a esse enorme contingente de empregados podem chegar a R$ 1 bilhão, elevando a renda familiar da região, provocando um impacto positivo para o comércio e serviços locais, gerando benefícios econômicos para toda a comunidade.
A Firjan calcula que o estado pode arrecadar aproximadamente R$ 457 milhões em impostos federais e estaduais, gerando retorno financeiro e investimentos para a região e o país.
De olho no avanço do megaprojeto, a Firjan Norte organizou uma reunião em setembro com representantes civis e autoridades públicas, com o objetivo de reforçar a importância da EF-118 e garantir que os recursos financeiros sejam mesmo utilizados na construção da ferrovia.
Em face dessa premissa, a Firjan assinou um documento dirigido à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), defendendo a destinação de verbas dos investimentos devolvidas pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA) ao governo federal para o financiamento da EF-118, já que, com o suporte desses fundos, o projeto não terá interrupção em sua execução.
Os investimentos da FCA, devolvidos ao governo em 2013, incluem mais de 153 quilômetros de linha ferroviárias no Rio de Janeiro. Hoje, somente 41 quilômetros estão concluídos e operacionais, o que corresponde a 5% da malha cedida à FCA.
Francisco Roberto de Siqueira, presidente da Firjan Norte, defende que parlamentares estaduais e federais, prefeitos e lideranças locais trabalhem em conjunto para superar os desafios, garantindo os benefícios e investimentos econômicos que a obra trará ao estado.
A obra da EF-118 vai, além de criar empregos e gerar investimentos, fortalecer o papel do Porto do Açu, tornando-se cada vez mais estratégica para atender à crescente demanda de cargas da região, afirma o subsecretário de Mobilidade de Campos dos Goytacazes, Sérgio Mansur.