A pandemia sem dúvidas acelerou diversos processos na vida das pessoas em todo mundo. E o maior impacto foi na relação com o trabalho que, com a progressão das tecnologias de informação cada vez mais presentes na nossa vida pessoal, se confunde com a vida profissional. Além disso, temos uma nova geração ingressando no mundo corporativo com pensamentos e opiniões, relacionados à vida pessoal e trabalho, divergentes de seus antecessores.
Ao contrário da submissão em rotinas extremamente exaustivas, com várias horas de dedicação e muita disciplina, o jovem hoje busca trabalhar por propósito em um ambiente de trabalho mais feliz, descontraído, humanizado e com a possibilidade de conciliação das tarefas pessoais com as profissionais. Isso já evoluiu bastante com o surgimento do home office no início da pandemia. Mas, esse termo vem se estendendo. Já é possível encontrar contratos de trabalhos anywhere office que significa, em tradução direta, “trabalhar de qualquer lugar do mundo”. Assim, o que vemos é o surgimento dos nômades digitais. Casar e constituir família, já não são mais uma prioridade.
A realidade é que o jovem atual prefere fazer qualquer coisa a se submeter a um serviço exaustivo, estressante, mal remunerado e que não esteja alinhado com seus princípios e valores, pois uma vez que o assunto é ganhar dinheiro, a internet trouxe diversas oportunidades de faturamento. Sendo assim, um emprego atualmente tem que oferecer muito mais do que um simples salário. Já está acontecendo no Brasil um fenômeno onde os jovens estão se demitindo em massa. Isso se deve porque as pessoas estão repensando a forma em como vivem e trabalham. Recentemente, uma empresa brasileira anunciou uma semana de trabalho de quatro dias. Todas essas são transformações relacionadas ao futuro do trabalho. E pra você, como estão sendo essas novas relações?
Isabella Carolina é Engenheira de Materiais formada pela Unifei Itabira
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