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Covid: novo ministro da Saúde defende distanciamento para diminuir óbitos

Covid: novo ministro da Saúde defende distanciamento para diminuir óbitos

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Na manhã desta quarta-feira (17), em entrevista na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, o médico cardiologista Marcelo Queiroga, que assumirá o Ministério da Saúde, defendeu o distanciamento social e a melhora no atendimento hospitalar dos pacientes como estratégias para conter a pandemia de Covid-19. “Com políticas de distanciamento social que permitam diminuir a circulação do vírus e com a melhora na capacidade assistencial de nossos serviços hospitalares”, afirmou.

As declarações foram dadas após cerimônia de entrega do primeiro lote, com 500 mil doses, da vacina de Oxford/AstraZeneca produzida no Brasil com IFA importado da China. Queiroga estava acompanhado de Eduardo Pazuello, a quem substituirá como ministro da Saúde.

Para o novo ministro, é possível reduzir o número recorde de óbitos do país a partir de isolamento social “próprio”, ou seja, recomendado, mas não obrigado pelo governo. Também disse que a melhora dos serviços hospitalares da rede pública passa por mais oferta de telemedicina para diagnóstico, atenção à distribuição de oxigênio e ventiladores e unificação de protocolos para tratamento de urgência.

Durante a entrevista, Queiroga evitou o uso de termos como restrição de circulação e o lockdown — medidas apontadas por cientistas como a solução para aumento exponencial no número de casos e mortes, mas que não contam com o aval do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Esses óbitos nós conseguiremos reduzir com dois pontos principais”, afirmou Queiroga.

A médio prazo, a aposta do novo ministro é a vacinação em massa. “O Brasil tem grande capacidade de vacinar”, lembrou. “Vamos criar as condições operacionais para que a vacina chegue à população brasileira e contenha o caráter pandêmico da doença”.

O cardiologista voltou a repetir, no entanto, que a diretriz política do ministério da Saúde é dada pela Presidência da República. “A política pública do governo, não só do Ministério da Saúde, é a política do Governo Federal, do presidente da República eleito pelos brasileiros.”

Queiroga encerrou sua fala citando o bordão do governo Bolsonaro: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

* Com informações do Estadão.

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