Lançado na última sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai contemplar a Petrobras com R$ 323 bilhões para 47 projetos. Jean Paul Prates, presidente da estatal, destacou, entre eles, sistemas de produção no pré-sal; revitalização de campos petrolíferos convencionais, como Marlin, Roncador e Albacora; e construção de novas plataformas e navios no Brasil. Ele também garante: “vamos lotar os nossos estaleiros de novo, no Rio de Janeiro, na Bahia, no Nordeste e no Sul”.
Há previsão de melhoria na qualidade do diesel S-10, nas refinarias de Paulínia (Replan) e de São José dos Campos (Revap), antes no estado de São Paulo.
Prates promete transformar as refinarias em biorrefinarias. A primeira será uma unidade que foi inaugurada por Getúlio Vargas, no Rio Grande do Sul, e que agora fabricará produtos 100% a partir do óleo vegetal. Também está na mira dobrar a capacidade da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, para 260 mil barris por dia.
A petrolífera pretende, ainda, explorar nove novos poços na Margem Equatorial da Amazônia, que ainda dependem de licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Também está na pauta de investimentos projetos de escoamento de gás e construção de dois gasodutos, em Sergipe e Alagoas, bem como desenvolver programas em parceria com a Argentina, Venezuela e Bolívia.
Um dos principais desafios do novo PAC será evitar erros das edições anteriores, que resultaram em paralisações de obras. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), no final de 2022, o Brasil tinha 8,6 mil obras paralisadas, representando cerca de 38,5% dos contratos pagos pelo governo federal.