O atendimento ao público em salões de beleza, desde que adotados os cuidados necessários, pode ser mais seguro para profissionais e clientes do que o atendimento domiciliar. O entendimento é do vereador itabirano Sidney Marques Vitalinno Guimarães, o “Sidney do Salão” (PTB), que cobra do governo Marco Antônio Lage (PSB) um novo protocolo para que cabeleireiros, maquiadores, manicures e todos os outros profissionais da área da beleza possam trabalhar durante a atual e mais crítica fase contra a Covid-19.
Como outros segmentos, a classe viu o faturamento ir pelo ralo com a nova suspensão das atividades motivada pela onda roxa do plano Minas Consciente, que autorizou tão somente os serviços considerados essenciais. Em Itabira, a fase roxa foi adotada em 8 de março.
Mas, o decreto municipal 647/2021, em vigor desde o último sábado (10), autorizou que os trabalhadores das barbearias e salões de beleza possam trabalhar na modalidade “home care”, isto é, indo até a casa do cliente.
“Foi um ganho. Mas há um risco de nosso pessoal estar deslocando para a casa das pessoas. Você vai a uma casa onde diversas pessoas moram e transitam ali. Você tanto pode levar o vírus como pode contrair o vírus nas residências. É necessário rever essa medida, ela coloca os profissionais e clientes mais em risco”, opinou Sidney do Salão, em palavra aberta durante reunião remota da Câmara de Vereadores nesta semana.
Para ele, nos salões o controle sanitário contra a Covid-19 é mais eficaz, com o agendamento individual de cada cliente, como vinha ocorrendo, a desinfecção de equipamentos e espaços e uso de máscaras adequadas, soluções alcoólicas, avental impermeável, luvas de procedimento etc.
“Temos, sim, que nos proteger deste vírus garantindo medidas de segurança. Mas, precisamos permitir o trabalho seguro, atender o anseio dos trabalhadores prejudicados”, disse Sidney, em apelo direcionado a Júber Madeira (PSDB), líder do governo na Câmara.
Sidney lamentou que não tenha sido envolvido nas reuniões realizadas pelo governo municipal com os setores comerciais para tratar da flexibilização gradual, uma vez que o segmento que atua concentra centenas de microempreendedores e pequenos empresários que têm no serviço a única fonte de renda.