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O destino do restaurante popular de Itabira: governo abandonará projeto e usará estrutura para banco de alimentos

Obras do restaurante popular na avenida das Rosas. Foto: Wesley Rodrigues/DeFato

O governo de Ronaldo Magalhães (PTB) irá abandonar de vez o projeto do restaurante popular, lançado pela gestão passada. A obra inacabada na Avenida das Rosas terá outra finalidade: vai abrigar o banco de alimentos de Itabira. O anúncio foi antecipado pelo vereador Reginaldo Santos (PTB) na sessão da Câmara desta terça-feira, 15 de maio.

Reginaldo é presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural. Segundo ele, a decisão foi comunicada ao órgão pelos membros que representam a Prefeitura de Itabira. O colegiado se reuniu na última quarta-feira (9).

O banco de alimentos de Itabira opera atualmente na Secretaria Municipal de Agricultura, no bairro Penha. Outros detalhes da migração são aguardados. Reginaldo informou também que a mudança de finalidade da obra é resolvida pela Prefeitura com a União. “Eu vejo com preocupação (a medida). O tempo dirá se é uma decisão acertada ou não do governo”, comentou o político.

A obra do restaurante popular começou em fevereiro de 2016, teve aporte de R$ 1,5 milhão do Governo Federal e foi executada pela Construtora Nativa, de Alfenas, no Sul de Minas. A construção terminaria ainda naquele ano, mas esteve às voltas com a falta de recursos da Prefeitura.

A nova gestão demonstra desagrado com o projeto desde que assumiu o governo. Já afirmou incapacidade financeira de continuar a obra; que o ponto escolhido não atenderia camadas mais necessitadas da população; e um impacto negativo da iniciativa sobre os restaurantes tradicionais da cidade.

O assunto foi trazido à tona na reunião ordinária desta terça. Foto: Wesley Rodrigues/DeFato

O governista e presidente da Câmara, Neidson Freitas (PP), avaliou a decisão do Executivo como “uma destinação exemplar dada a uma obra fantasma”. “O restaurante popular foi sepultado antes mesmo de ser construído. Foi uma obra eleitoreira! Não é viável o custo e o município não consegue banca-lo”, disparou.

O assunto surgiu na Câmara durante as discussões de projetos de lei que tratam de mudanças na política de segurança alimentar e nutricional sustentável no município.

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