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“O impacto será incomparável com o que se tem hoje”, diz vice-reitor ao projetar próxima década da Unifei Itabira

Vice-reitor da Unifei, Marcel Parentoni, traça futuro promissor para a universidade em Itabira - Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

Um divisor de águas. É assim que o vice-reitor da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Marcel Parentoni, define o ciclo dos próximos 12 anos traçado pela instituição para expansão do campus em Itabira. Segundo o professor, a comunidade local, ao visualizar o atual cenário da Unifei, não tem sequer noção do impacto que a construção de novos prédios irá proporcionar na cidade.

A projeção temporal detalhada por Parentoni tem início em 2019 e segue até 2030. Durante esse período, a meta é construir nove prédios no campus de Itabira, além dos dois já em funcionamento. Atualmente, a universidade possui 2,2 mil alunos na cidade. Ao fim desses 12 anos, a expectativa é de que já sejam alcançados 7,1 mil estudantes, três vezes mais que o cenário de hoje.

“Eu acho que neste momento a gente muda a dimensão do projeto como um todo. Ao alcançar 7 mil alunos, significa que teremos em Itabira um campos maior que o de Itajubá. É uma dimensão que jamais conseguiremos entender com o tamanho que é hoje. A partir dessa expansão, ocorrendo da forma que foi projetado, o impacto que nós vamos ter na cidade é algo que é incomparável com o que a gente já tem hoje, que não é pequeno, mas que, perante o que está para acontecer, não tem comparação”, descreve Marcel Parentoni.

Unifei, Vale e Prefeitura celebraram convênio para construção de novos prédios em Itabira – Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

Impactos financeiros

Segundo o vice-reitor, os impactos para Itabira não serão apenas visuais ou quantitativos – visto que os moradores terão cada vez mais a companhia de estudantes da Unifei -, mas também mensuráveis financeiramente. Já a partir dos próximos quatro anos, com a construção dos três novos prédios descritos no convênio assinado com a Vale, a projeção de retorno econômico para o município passa a subir consideravelmente. Dados apresentados por Parentoni indicam que, ao fim deste quadriênio, toda a estrutura da Unifei  movimentará em torno de R$ 100 milhões ao ano no município, cerca de R$ 20 milhões a mais do que é hoje.

A curva de impacto econômico se avoluma com o passar dos anos e atinge R$ 433,4 milhões em 2027. Esse marco temporal foi destacado pelo vice-reitor porque, de acordo com as projeções, é quando o retorno financeiro ultrapassa o montante de investimentos previstos para aquele período, na casa dos R$ 415 milhões, somados os gastos com infraestrutura e equipamentos.

Ao fim de 2030, com o campus com 89 mil m² de área construída, a Unifei poderá ter adicionado R$ 809,9 milhões na economia de Itabira. O valor é mais que o dobro do que é projetado para investimentos até aquele ano: R$ 416,7 milhões.

Projeção de impactos econômicos gerados pela Unifei Itabira em um período de 12 anos – Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

De olho no futuro

Para alcançar todos esses números e uma nova realidade para Itabira, porém, o projeto Unifei depende de financiamento. A ideia, segundo comentou o vice-reitor, é buscar auxílio na iniciativa privada, como foi feito para tornar realidade a construção dos próximos três prédios do campus. De acordo com Parentoni, essas conversas já existem.

“Nós estamos subdividindo o ciclo de doze anos de planejamento em quadriênios. Este entre 2019 a 2023 seria o primeiro. Nós estamos trabalhando com foco total neste primeiro, mas sem perder de vista que o projeto é muito maior. Vamos de passo a passo. Agora estamos falando de 120 milhões, mas a meta traçada é de conseguir os R$ 420 milhões em 12 anos”, declarou o vice-reitor.

O projeto total da Unifei Itabira abrange um campus para 10 mil alunos. As etapas para finalização do campus serão planejadas ao fim do período de 12 anos desenhado pela instituição. O discurso é de que seriam necessários mais três anos, no mínimo, para que a universidade esteja instalada em sua plenitude na cidade.

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