“O nosso plano é nos mantermos em Itabira. É não deixar Itabira”. A frase é do gerente-executivo das minas da Vale no município, Rodrigo Chaves, e teve um objetivo direto: afastar o clima de apreensão que pesou sobre a cidade após a divulgação do relatório 20-F, dedicado ao mercado exterior, que aponta a exaustão da mineração em Itabira nos próximos 10 anos.
Rodrigo Chaves falou sobre o assunto durante reunião pública, na última quinta-feira, 28 de junho, para tratar do alteamento da barragem do Itabiruçu. Mesmo sem ter sido questionado sobre a exaustão do minério, fez questão de abrir sua fala tocando no assunto.
“O que a Vale planeja é continuar em Itabira após até o encerramento da sua reserva mineral no município. Esse é o grande ponto. O nosso plano é nos mantermos em Itabira. É não deixar Itabira. A gente espera ainda ter bastante tempo em Itabira, produzindo em Itabira, convivendo no município de Itabira”, afirmou Rodrigo Chaves.
O relatório da Vale causou repercussão em Itabira. Até então, o tema da exaustão era tratado na cidade sem um marco preciso e a notícia de que as minas podem chegar ao fim já em dez anos pegou muita gente de surpresa. O prefeito Ronaldo Magalhães (PTB), inclusive, disse a DeFato Online que terá uma reunião com a direção da empresa na próxima semana e prometeu uma “discussão firme” sobre o futuro da relação “Itabira/Vale”.
Rodrigo Chaves afirmou que essa discussão é também um desejo da Vale. “Há mais ou menos um mês eu estive nesta casa e conversei com os vereadores sobre emprego e renda. E naquela época, naquele momento, eu coloquei que nós da Vale não nos furtamos de discutir com a comunidade itabirana todo e qualquer assunto relativo ao futuro de Itabira. Nós somos itabiranos e não vamos deixar de discutir com a comunidade o futuro dessa cidade”, garantiu.
“Vamos ter o momento oportuno para discutir isso. Vamos ter fóruns adequados onde discutiremos quais são os planos da Vale para o futuro de Itabira e qual o futuro da cidade junto da Vale”, encerrou o gerente-executivo.