Há poucos dias um fato inusitado aconteceu despertando a curiosidade das pessoas. Um homem de aproximadamente 50 anos morreu’em pé’, encostado em um veículo estacionado em uma rua de Santos, no litoral de São Paulo. As imagens viralizaram nas redes sociais.
As imagens publicadas pelos internautas nas redes sociais mostram o homem em pé, morto, encostado na lateral do veículo. Assim que as pessoas viram a cena, acionaram a Polícia Militar. O proprietário do veículo recebeu as imagens dos amigos e achou que fosse uma brincadeira. Mas quando chegou ao local, confirmou a veracidade do fato.
Segundo o médico legista João Roberto Oba, atual presidente da Associação de Médicos Legistas de SP, após analisar imagens que circulam pela internet, disse que o homem pode ter sofrido espasmos pouco antes de morrer, causando rigidez precoce e permitindo que o corpo dele permanecesse naquela posição. Essa é uma possibilidade.
“À princípio, todo mundo acha que tem que morrer deitado […], mas tudo vai depender do local, do momento em que essa pessoa morre”, analisa o médico legista.
O legista João Roberto disse que é importante analisar bem antes de levantar hipóteses. “Tem que descartar se não houve uma simulação, se ele não morreu em outro lugar e foi levado àquela posição”.
Se a morte do homem foi do jeito que o corpo foi encontrado pelas autoridades, em pé e apoiado no carro, o médico legista explica que uma das hipóteses é que pode ter sido apenas o caso de rigidez cadavérica, ou seja, endurecimento dos músculos.
“A rigidez começa da cabeça para os pés, em um processo craniocaudal. Com 12 horas você já tem um cadáver completamente rígido”, esclarece o médico.
Segundo o especialista também há a possibilidade de acontecer espasmos no momento da morte.”Ele pode ter tido o que a gente chama de espasmos fora do período de contratura normal, então ele fica endurecido precocemente. Isso pode provocar o que aconteceu”.
As autoridades policiais determinaram a remoção do corpo pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao IML de Praia Grande. O caso foi encaminhado para o 4º Distrito Policial de Santos, que registrou como morte suspeita. A causa da morte ainda é investigada. O corpo se encontra sem indícios de violência.