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ONCOVIVA: voluntários movidos pelo amor ao próximo

ONCOVIVA: voluntários movidos pelo amor ao próximo

Foto: Gustavo Linhares/DeFato

O atendimento ao público oncológico iniciou no Centro Oncológico Itabira, no ano de 2011. Com a crescente demanda dos pacientes em tratamentos quimioterápicos, durante os procedimentos assistenciais, a enfermeira oncológica Andreia Rita Gazeta das Graças, responsável técnica do setor, detectou as necessidades psicobiológicas e sociais de todos os envolvidos no processo. Ela percebeu que devido à instabilidade emocional dos pacientes e familiares, a necessidade de motivação para enfrentamentos positivos, se tornava essencial para o resgate da autoestima e a qualidade de vida.

Foi a partir disso, que a enfermeira, a hematologista da clínica e uma acompanhante de um paciente se juntaram e começa ram a fazer ações no sentido de apoiar emocionalmente e disponibilizar suprimentos aos pacientes oncológicos e seus familiares. O acolhimento humanizado e a escuta qualificada foram pontos cruciais para desenvolver planos de cuidados e atos na promoção da saúde, de acordo com a singularidade de cada paciente.

A equipe assistencial identificou que alguns pacientes, além de enfrentarem o difícil diagnóstico e interrupção provisória das rotinas diárias, precisavam com urgência de uma rede de apoio. As necessidades foram detectadas por levantamentos das prioridades básicas, sendo fundamental a provisão de suplementos alimentares, cestas básicas, fraldas e algumas medicações.

ONCOVIVA

Com o avanço nas atividades e ações voltadas para pacientes e familiares, em 2013, a ONCOVIVA, entidade sem fins lucrativos, começou a atuar, contando com a participação de voluntários movidos pelo amor ao próximo, pela necessidade de acolher, cuidar e confortar pacientes em tratamento. Em 2019, depois de tantos anos de atuação, a entidade foi legalizada juridicamente, com o apoio do advogado Marcos Paulo Andrade Bianchini. Atualmente, a associação é reconhecida com os títulos de utilidade pública Municipal e Estadual.

Voluntários da Oncoviva. Foto: Gustavo Linhares/DeFato

Para Andreia Gazeta das Graças, presidente da ONCOVIVA, esses títulos representam um ganho para a associação: “É um grande passo para formalização das de- mandas oncológicas. Esse pacto favorece e viabiliza aquisições de verbas e recursos sociais junto aos programas do governo”, afirma.

A ONCOVIVA realiza diversos eventos que contribuem para a integração de pacientes e familiares. Para isso, contam com a colaboração de parceiros físicos, jurídicos e voluntários. Além de recursos financeiros e serviços, muitos também contribuem com seu tempo e amor.

O “Bazar Solidário” da ONCOVIVA, com sede à avenida João Pinheiro, 535- salas 25 e 26, no Mercado Municipal, funciona às terças, quartas e quintas, de 13h às 17h. Ele é uma das fontes de arrecadação de fundo para a associação, já que lá é possível entregar doações e comprar produtos doados.

Doação de cabelos

A ONCOVIVA possui parceria com vários salões de beleza de Itabira. Dessa forma, todas as mechas de cabelos recebidas são encaminhadas para a ONG Fio de Luz. Eles são os responsáveis por fabricar perucas e a ONCOVIVA por doar aos pacientes oncológicos e com alopécia.

Maria Conceição Linhares Matoso, tesoureira, coordenadora do bazar beneficente e do lanche solidário, explica os procedimentos necessários para fazer a doação das mechas. “Qualquer pessoa pode doar. Portanto, é importante que a mecha tenha no mínimo 20 cm e deve estar seca. Para não estragar a mecha, amarre o cabelo e coloque-o em saco plástico. Assim, é só levar em um dos postos da ONCOVIVA e fazer sua doação”.

As doações viram perucas para os pacientes oncológicos e com alopécia. Foto: Gustavo Linhares/DeFato

Para Andreia, o sentimento de gratidão é constante. “Sinto-me privilegiada por Deus, por fazer parte dessa missão, transformar vidas e disseminar o amor ao próximo em um cenário onde o diagnóstico e processo de adoecimento predispõe as alterações físicas associadas à dor na alma. Fazer o bem, faz bem, nos revigora e fortalece a empatia!”.

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