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Onda de violência em Manaus: o que se sabe sobre os ataques

Onda de violência em Manaus: o que se sabe sobre os ataques

Foto: Reprodução / Internet

Desde o último sábado (5), a capital do Amazonas, Manaus, vem sofrendo com grande onda violência. Os ataques estão sendo realizados por parte de grupos criminosos que incendiam veículos e invadem e depredam prédios públicos, como delegacias. Além disso, também foram registrados atentados em pelo menos mais três cidades do interior. Até agora, 14 pessoas foram presas.

Nesta segunda-feira (7), após uma madrugada de ações violentas, a capital manauara amanhece sem transporte público. Além de tudo, as aulas foram suspensas e não está acontecendo a vacinação contra a Covid-19. Também foram alvos uma Unidade Básica de Saúde (UBS), o prédio do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) e um caixa eletrônico foram incendiados por criminosos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os ataques começaram como represália pela morte de um traficante de drogas. A ordem para os atos de vandalismo partiu de integrantes de um grupo criminoso que estão dentro de um presídio.

Em uma publicação nas redes sociais nesta manhã (7), o governador Wilson Lima informou ter pedido o envio de tropas da Força Nacional para reforçar a segurança no Amazonas. “Ontem a noite formalizei pedido ao Ministério da Justiça. O objetivo é que eles realizam o combate aos atos de vandalismo”, diz a mensagem.

Ataques coordenados

No Centro de Manaus, o alvo dos criminosos nesta madrugada foi o prédio do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Segundo o delegado Marcelo Martins, os homens aproveitaram que o nível do rio Negro está elevado e chegaram em duas embarcações, atirando contra o prédio.

Agentes que estavam no local trocaram tiros com os bandidos. Uma granada também foi jogada no local, mas não explodiu. A polícia, então, acionou o grupo Marte, que detonou o artefato. Não houve feridos, e o local ficará fechado para o atendimento ao público nesta segunda-feira.

A UBS do Lírio do Vale foi outro alvo. Eles atearam fogo no prédio por volta das 20h de domingo (6). De acordo com denúncias dos moradores, os criminosos chegaram em uma moto, pularam o muro e começaram o incêndio. Os bombeiros foram acionados e, com a ajuda dos moradores, conseguiram apagar o fogo.

Ônibus não circulam

Com medo dos próximo ataques, os ônibus do transporte coletivo de Manaus não saíram às ruas na manhã desta segunda-feira (7). É o segundo dia consecutivo que o serviço não funciona na capital, devido à onda de violência vivida na cidade. Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou que não tem previsão de normalização.

Nas garagens das empresas, os veículos seguem parados. Motoristas e cobradores do primeiro turno, que compreende os horários da manhã e da tarde, foram dispensados e os demais seguem aguardando novas orientações das empresas.

Entenda o caso

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), grupos criminosos agem em resposta à morte de Erick Batista Costa, conhecido como Dadinho. Ele perdeu a vida, aos 30 anos, durante uma ação policial realizado no sábado (5), no bairro Redenção. Dadinho seria integrante de uma facção que trafica drogas.

Além de Manaus, os ataques também ocorreram em Careiro, Manacapuru e Parintins. Na capital, os homens atearam fogo em pelo menos 21 veículos, sendo 14 ônibus do transporte coletivo e duas viaturas policiais. Na maioria dos atentados, eles usaram coquetel molotov: uma recipiente cheio de combustível com pavio no gargalo.

Até o fim da tarde deste domingo, 14 pessoas foram presas suspeitas de participação nos atentados em Manaus. Pelo menos um homem foi preso em Parintins. A identidade dos suspeitos não foi divulgada. O efetivo de viaturas da polícia, em rondas ostensivas, foi triplicado desde o domingo.

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