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ONG pede doações para salvar cachorro vítima de maus-tratos

Reprodução

Macho, adulto e sem raça definida, “Carnicinha” passou a ser chamado assim por causa do estado em que ele caminhava pelas ruas do bairro Bandeirinha, em Conceição do Mato Dentro. Solto pelo dono na rua, ele tinha ferimentos e adquiriu a conhecida bicheira, a mercê de moscas e insetos. Não bastasse, o cão passou a ser alvo de maus-tratos de populares. Na semana passada, Carnicinha foi resgatado por um morador e um veterinário da Prefeitura e levado a uma clínica particular, onde continua internado. A ONG 4 Patas, que atua no município, abraçou a causa e faz um apelo à comunidade: que doe a quantia que puder para pagar o tratamento do animal.

Carnicinha foi internado na quinta-feira passada, 15 de fevereiro, conta a voluntária da associação de proteção animal, Anna Terra Rajão. A doença deixou parte do corpo do pet em “carne viva”, repleto de parasitas, e foi agravada pelo tratamento impiedoso das ruas: jogaram inclusive gasolina no bicho, que se refugiou na mata. Quando foi resgatado, o cão estava com coleira, o que aponta para o abandono.

O tratamento, contudo, é caro. Até a última terça-feira, 20, os gastos somavam R$ 1.022,70, conforme orçamento emitido pela Clínica Armazém Rural, estabelecimento que acolheu e trata o cachorro na cidade. A nota inclui medicação, curativos e exames. A diária de internação custa R$ 150. “Ele precisa ficar entre 10 e 15 dias, conforme o veterinário”, disse Anna Terra, por telefone.

Orçamento emitido pela clínica onde o animal está internado. Foto: Reprodução

O tratamento está surtindo efeito. “O teste de Leishmaniose deu negativo, o aspecto do tecido está bem melhor e o diâmetro da ferida está reduzindo”, publicou a 4 Patas no Facebook.

Doações podem ser feitas ao Banco do Brasil, conta corrente 8813-7, agência 0591-6, em nome de Anna Terra Rajão (CPF 077.193.936-19). Dúvidas podem ser esclarecidas com o voluntário Júlio, por meio do telefone (31) 99241-1689.

A Associação 4 Patas foi criada em 2016 e busca por novos voluntários e apoiadores. No município, a ONG desenvolve, por exemplo, castração de fêmeas e combate à superpopulação nas ruas. O trabalho do grupo pode ser acompanhado nas redes sociais, no link www.facebook.com/a4pcmd.

Maus-tratos é crime 

No ano passado, o governo de Minas Gerais regulamentou a Lei 22.231/16 que pune os praticantes de maus-tratos contra os animais no estado. Pelas regras, o infrator está sujeito a multa de até R$ 3 mil, além de sanções penais. 

A legislação define maus-tratos como atos ou omissões que privem o animal de suas necessidades básicas, lesar ou agredir, causando sofrimento, dano físico ou morte, abandono, obrigar o bicho a fazer trabalho excessivo ou superior às suas forças e submetê-lo a tratamentos que resultem sofrimento. 

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