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Paolo Rossi: A trajetória do carrasco da seleção brasileira em 1982

Rossi

Fonte: cdn2.picryl

Paolo Rossi foi um centroavante que serviu de inspiração para toda uma geração de jogadores italianos. Ele tinha todas as qualidades essenciais necessárias para ser a principal referência no ataque, superando sua constituição física magra. Rossi era veloz, ágil e um verdadeiro mestre do oportunismo dentro da grande área.

O domínio preciso entre os defensores, assim como sua notável capacidade de cabeceio, foram traços muito reconhecidos de Rossi, inclusive em seu jogo mais memorável, no qual ele marcou três gols contra o Brasil, de Zico, durante a Copa do Mundo de 1982.

O início de Paolo Rossi como profissional

Nascido em 1956, Paolo Rossi cresceu nos primeiros anos de sua vida na província de Prato, na região da Toscana, especificamente na aldeia de Santa Lúcia. Perto de completar 9 anos de idade, ele se juntou ao clube que levava o nome de sua cidade natal, o Santa Lucia Calcio.

Junto com seu irmão Rossano Rossi, Paolo entrou no mundo do futebol e buscou oportunidades no pequeno Santa Lucia. Em seguida, os dois irmãos jogaram pelo Ambrosiana, uma equipe local da Toscana. Seus pais, Vittorio Rossi e Amélia Rossi, os apoiavam muito. Vittorio, o pai de Paolo e Rossano, até emprestou seu nome ao campo do Santa Lucia, indicando a importância que ele teve ao longo da vida no clube que revelaria o filho mais famoso.

Com o passar do tempo, os caminhos de Paolo e seu irmão se separaram. Rossano Rossi seguiu para as categorias de base da Juventus, enquanto Paolo permaneceu na Toscana, indo para o Cattolica Virtus, localizado em Florença, em 1967.

O auge da carreira com a camisa da Juventus

Paolo Rossi marcou sua passagem pelo futebol profissional entre 1975 e 1987, vestindo as camisas de clubes renomados como Lanerossi Vicenza, Perugia, Juventus, Milan e Verona. Antes da Copa do Mundo de 1982, ficou suspenso por dois anos em decorrência de seu envolvimento em um esquema de manipulação de resultados no futebol italiano, o que o impediu, por exemplo, de disputar a Eurocopa de 1980.

Seu auge como jogador foi na Juventus, entre 1981 e 1985, período em que conquistou duas vezes o Campeonato Italiano, uma Copa Itália, uma Supercopa da Europa e a Champions League de 1985. Além disso, foi artilheiro da Série A em 1978, defendendo o Vicenza, marcando 26 gols.

A Copa do Mundo de 1982

 

Fonte: media.snl

 

 

A Itália não chegou como favorita para a Copa do Mundo da Espanha, em 1982. Pelo contrário, os italianos não contavam com uma grande equipe e passaram por muitos problemas para se classificarem para o mundial. Durante o mundial, a fraca campanha da Itália a colocou em um grupo com Brasil e Argentina, duas favoritas ao título e somente uma dessas equipes sairia classificada.

Paolo Rossi chegou ao jogo contra o Brasil sem sequer ter marcado gols nas partidas anteriores. O Brasil precisava do empate. A Itália precisava de um “milagre”: uma vitória contra a seleção de Telê Santana. Para se ter uma ideia do favoritismo do Brasil para aquela partida, se naquela época existissem sites de apostas online, como o Bet365, Winz.io, Betano, dentre outros, as odds para a vitória italiana seria suficiente para deixar alguém rico.

Mas o futebol é capaz de tudo. Paolo Rossi fez a partida de sua vida e marcou 3 gols. A vitória por 3×2 contra o Brasil ainda segue como uma das mais improváveis da história do futebol mundial. Depois desse triunfo, o time italiano seguiu firme para a final contra a Alemanha Ocidental e se sagrou campeão do mundo. Paolo Rossi foi o grande nome daquele mundial, o carrasco do Brasil venceu merecidamente o prêmio de melhor jogador do mundo em 1982.

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