Nesta terça-feira (28), o Papa Francisco se desculpou por uma fala tida como homofóbica em uma reunião com bispos italianos, no dia 20 de maio, quando o pontífice sugeriu a eles não aceitarem padres abertamente gays, porque já teria “homossexuais demais” nos seminários. Aos jornalistas, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, disse que “o papa nunca quis ofender ou se expressar em termos homofóbicos e pede desculpas a quem se sentiu ofendido”.
O termo “frociaggine”, na Itália é considerado um termo discriminatório pela comunidade LGBT+.
A declaração se dá em face de um crescente debate na igreja Católica sobre a aceitação de padres assumidamente gays e as constantes denúncias de pedofilia imputadas a clérigos católicos mundo afora.
Apesar da fala constrangedora, o papa já se posicionou em algumas ocasiões em defesa da inclusão de pessoas dessa comunidade na igreja que ele comanda.
Em janeiro deste ano, o papa defendeu a decisão histórica do Vaticano que aprovou as bênçãos para pessoas em “união irregular”, afirmando que a Igreja Católica deve pegar os homossexuais “pela mão” e “não os condenar”.
Alguns bispos sugeriram que o papa, por ser argentino, não tinha conhecimento de que o termo poderia ser ofensivo.