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Para conselheiros, novo CEO da Vale deve aparar “arestas” com governo

Para conselheiros, novo CEO da Vale deve aparar "arestas" com governo

Extração de minério na mina Conceição, em Itabira - Foto: Gustavo Linhares/DeFato Online

Formado em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com mestrado em Finanças e Economia pela Fundação Getúlio Vargas, Gustavo Pimenta, o novo presidente da Vale, chegou à empresa em novembro de 2021, na gestão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo. Na companhia, também foi responsável pelas áreas de Suprimentos e Energia e Descarbonização.

Descrito por conselheiros que o escolheram como uma pessoa “serena” e de “fácil interlocução”, Pimenta tem a seu favor o amplo domínio do negócio e dos aspectos financeiros da mineradora, além de uma boa dose de experiência internacional. Antes de chegar à Vale, foi CFO (vice-presidente financeiro) global da AES Corporation, nos EUA. Já havia atuado também no Citigroup nos EUA como vice-presidente de Estratégia e M&A.

Mariana

A fama de bom interlocutor é vista como positiva depois do processo de substituição de Bartolomeo, defendida por setores da empresa com o argumento justamente de dificuldades de interlocução com o governo. Ainda que privatizada há 27 anos, a Vale depende de autorizações públicas, além de operar ferrovias sob concessão. Os demais sócios privados também têm negócios com o governo, como é o caso da Cosan e do Bradesco.

Em outra frente, o novo CEO da Vale já está envolvido nas negociações com os entes públicos sobre o acordo para compensação pelo desastre de Mariana. A expectativa do conselho de administração da mineradora é de que o executivo alcance uma solução mais breve no Brasil do que a ação que corre em uma Corte londrina — onde o julgamento está previsto para começar em outubro.

Nas negociações sobre o acordo relativo ao desastre de 2015, Pimenta faz parceria com Alexandre D’Ambrosio, vice-presidente de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale. A dificuldade para chegar a um entendimento sobre o tema é considerada um entrave para o valor das ações da companhia.

* Com Estadão Conteúdo.

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