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Paralisação de Itabiruçu é preventiva e impacta produção em Itabira, diz Vale

Barragem do Itabiruçu passa por processo de alteamento - Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

A Vale suspendeu nesta segunda-feira (21) as atividades na barragem Itabiruçu, responsável por receber rejeitos da Mina Conceição, em Itabira. De acordo com a mineradora, a decisão é temporária e acontece de forma preventiva, até que sejam desenvolvidos estudos complementares sobre as caraterísticas geotécnicas da estrutura. O estudo terá prazo inicial de até 30 dias para ser concluído e impacta a produção da empresa na cidade em 2019.

Segundo a Vale, a decisão de paralisar a barragem de Itabiruçu foi tomada em conjunto com órgãos de fiscalização externos. A empresa afirma que avaliou a necessidade de desenvolvimento de estudos complementares sobre as caraterísticas geotécnicas da estrutura e ressalta que a barragem teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) renovada em 30 de setembro de 2019.

Durante os estudos, que serão realizados por empresa contratada pela Vale, será acionado o protocolo do Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM) para nível 1 de alerta da barragem. Isso significa estado de prontidão, indicando situação adversa na estrutura e controlável pela empresa e não requer evacuação da população a jusante da barragem.

A barragem de sedimentos de Santana, da Mina Cauê, em Itabira, também passará por aprofundamento de estudos geotécnicos e, assim como Itabiruçu, também foi elevada ao nível 1 do PAEBM. Segundo a Vale, a estrutura está estável e com DCE emitida em setembro.

“Importante ressaltar que a Vale estabeleceu inspeções diárias e monitoramento 24 horas nas duas estruturas, que são construídas pelo método a jusante, considerado o mais seguro”, afirma a empresa, em nota.

Produção

O impacto da paralisação da barragem Itabiruçu, que recebe rejeitos da mina Conceição, estará limitado a 2019, com cerca de 1,2 Mt até dezembro deste ano, uma vez que o plano de produção de 2020 já previa a paralisação momentânea desta barragem em grande parte de 2020.

Deste modo, o plano de retomada da produção paralisada de aproximadamente 50 Mt no Estado de Minas Gerais permanece inalterado, conforme apresentado no Relatório de Produção e Vendas do 3T19.

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