A proposta de parceria público-privada (PPP) para execução da Estação de Tratamento de Água (ETA) do rio Tanque continua em pauta na Prefeitura de Itabira. De acordo com o prefeito Ronaldo Magalhães (PTB), o município analisa os estudos apresentados pelas empresas que participaram do edital lançado há cerca de um ano. Ainda não há uma previsão de decisão.
Todo o projeto da ETA Rio Tanque, de acordo com o secretário municipal de Obras, Ronaldo Lott, está em 70%. Esse índice envolve a elaboração do planejamento civil e também as tratativas para a PPP. Segundo o secretário e o prefeito Ronaldo, a Prefeitura tem mantido contato com as empresas que apresentaram as propostas.
“Estamos fazendo a análise do projeto todo, discutindo valores, tipos de equipamentos, consumo de energia. Para o rio Tanque serão necessárias duas grandes bombas, o custo de energia precisa ser levado em conta. Está adiantado e vamos definir em breve”, afirmou o prefeito.
Em maio do ano passado, o diretor-presidente do Saae, Leonardo Lopes, afirmou que as três empresas aprovadas no edital elaborado pela autarquia eram a Prefisan Engenharia, B2 Participações e a multinacional Andrade Gutierrez. O trio recebeu um prazo, já vencido, para apresentar um detalhamento de como seria a PPP, com valores, contrapartida do município e formatação da receita do empreendedor privado. Dados técnicos da obra e prazos de execução também estariam incluídos.
Leonardo Lopes estimou que os investimentos para a construção da ETA Rio de Peixe atinjam R$ 80 milhões. Sem esse recurso disponível, o município vê na parceria com a iniciativa privada a solução para executar a obra. Se optar por executar a PPP, o que seria inédito na história itabirana, a Prefeitura terá que convocar uma audiência pública para detalhar todo o projeto. A proposta também terá de passar pela Câmara de Vereadores.
A ETA Rio Tanque é anunciada como a solução definitiva para o problema da falta d’água em Itabira. Na semana passada, em entrevista à imprensa, o governo municipal detalhou outra ação que visa atacar a escassez na cidade, que inclui nova captação na barragem de Santana, expansão da ETA Gatos, um reservatório no Alto dos Pinheiros e um anel hidráulico que interligará o abastecimento dos bairros.
“Quando tivermos todo esse sistema, com essa reservação grande, com o anel hidráulico e com a adução da água do Rio Tanque, nós poderemos falar que Itabira tem um sistema integrado de água. Hoje não tem”, comentou o secretário Ronaldo Lott. “Com a captação no Rio Tanque, que o prefeito Ronaldo está trabalhando para termos a contratação, juntamente à esse projeto atual, irá permitir a Itabira uma solução definitiva para a questão da água”, completou o diretor do Saae, Leonardo Lopes.