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Pedidos de medidas protetivas em Itabira aumentaram 17% em 2020

Na última quarta-feira (25) começou oficialmente a programação dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. Em rápida participação no evento de abertura, a delegada da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), em Itabira, Tauany Abou Rejaili revelou alguns dados importantes.

De acordo com a delegada, os pedidos de medidas protetivas em Itabira aumentaram 17% em 2020. Até agora foram registrados 383 pedidos, número superior a todo o ano de 2019, com 327 denúncias registradas. Já o número de inquéritos, que no ano passado chegaram a 352, este ano já somam 340 casos.

Em entrevista à DeFato Online, a delegada ponderou que o aumento só não foi mais expressivo, até o momento, pois o isolamento social interferiu nas ocorrências.

“É importante lembrar que, mesmo que os números registrados não sejam tão expressivos, estamos diante de um ano atípico. Muitas mulheres deixaram de realizar as ocorrências devido isolamento, visto que elas estavam vivendo com os agressores e não tiveram nem tempo de agir”.

Tauany Abou Reijali também ressaltou que os dados apresentados são referentes aos inquéritos e medidas protetivas instaurados durante o expediente em Itabira. Há ainda os dados do plantão voltados exclusivamente para flagrantes. Porém, ela chama a atenção para o fato desse número aumentar ainda mais. “As informações apresentadas são de 2020, até o dia 25 de novembro. Infelizmente, levando em consideração as festividades de final de ano e o consumo de álcool, é bem provável que este número aumente”.

Combate à violência

A delegada também falou sobre a importância das campanhas de conscientização para que o silêncio da vitima seja quebrado. Muitas vezes as mulheres não querem fazer o registro da ocorrência e nem solicitar medidas protetivas. Para isso, ferramentas como a Delegacia Virtual, site para registrar ocorrências, e o aplicativo MG Mulher, voltado para orientação e informação, vem para tentar suprir esse garagalo.

“A gente sempre fala que a melhor maneira de iniciar o procedimento na delegacia é o comparecimento pessoal. Assim, podemos imediatamente encaminhar as vítimas para o exame de corpo de delito e dar as informações necessárias. Entretanto, com as dificuldades causadas pela pandemia, a Polícia Civil desenvolveu algumas ferramentas que facilitem a realização das ocorrências”, ressaltou.

A falta de delegacias especializadas no atendimento à mulher também é um fator prejudicial. A delegada reforça que em Minas Gerais há apenas 73 delegacias desse tipo para suprir a demanda dos mais de 800 municípios. Por isso, o governo federal criou a campanha Sinal Vermelho.

Amplamente divulgada em Itabira, a campanha coloca as farmácias como aliadas das mulheres vítimas de agressões. Basta apresentar um sinal vermelho para os atendentes dos estabelecimentos, que eles ajudam acionando a Polícia Militar.

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