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Perda da invencibilidade é o menor dos detalhes na atuação ruim do Atlético

Atlético

Nacho Fernandez foi um dos poucos a se salvar nesta quarta-feira. Foto: Atlético/Twitter

Chegou ao fim uma histórica invencibilidade. Na noite desta quarta-feira (25), o Atlético-MG foi derrotado, em casa, para o Tolima por 2 a 1 e voltou a perder pela Libertadores após 18 jogos. Essa foi a maior sequência sem derrotas de qualquer clube na competição sul-americana. Pela SKY Internet, você acompanha todas as partidas do Atlético.

Mas mais do que a perda da invencibilidade, a preocupação do atleticano deve estar toda voltada ao desempenho do time. Em questão de pontuação, nada mudou para o Galo, que seguiu líder do Grupo D. Preocupa quando começamos a pensar no que pode ser o mata-mata.

Nesta quarta-feira, vimos um Atlético-MG sem criatividade, ancorado apenas nos seus talentos individuais e, novamente, muito falho na marcação. Problemas que não são de agora e que passam muito por um fato: o Atlético é um time espaçado.

O principal buraco da equipe está presente entre a zaga e o meio campo. Contra o Tolima, Michael Rangel, centroavante do time colombiano, recebeu a bola diversas vezes neste espaço. Limitado, embora tenha feito o primeiro gol, o atacante acabou desperdiçando algumas das jogadas com passes errados, mas o alerta estava ali.

Este buraco entre meio campo e zaga pode ser o sonho, por exemplo, de Palmeiras e Fortaleza. Raphael Veiga e Lucas Lima, meias dos respectivos times, flutuam bastante nas costas dos volantes adversários. Enquanto o primeiro possui ótimo poder de finalização – comprovado na final da última Libertadores, contra o Flamengo – o segundo se preocupa em distribuir mais o jogo, sendo responsável pelo penúltimo passe.

Mas a intensa movimentação neste setor do campo une os dois atletas. Caso algum dos times seja adversário do Galo nas próximas fases, o risco é real.

Até aqui, boa parte do texto está focado no sistema defensivo. Mas o Atlético-MG também parece estar fazendo força para atacar. Óbvio que os desfalques devem ser levados em conta, mas as oportunidades só surgiam em duas ocasiões: lampejos individuais e abafa. Jogadas trabalhadas? Muito pouco.

Menos mal que a derrota veio quando a classificação às oitavas já estava garantida. Projetando o mata-mata, o desempenho deve ser outro. Ou a perda não será apenas da invencibilidade, mas do título.

Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.

O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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