A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Regional de Itabira, informa que, desde a manhã desse domingo (21), tem auxiliado ininterruptamente os trabalhos decorrentes dos deslizamentos de terra e alagamentos ocorridos no município de Santa Maria de Itabira. A tragédia aconteceu em função das fortes chuvas que atingiram a região na última madrugada.
“Com a utilização da aeronave da corporação para alcançar locais de difícil acesso, quatro peritos criminais, incluindo um especialista em engenharia, iniciaram as diligências para apurar as causas e consequências dos deslizamentos. Outros dois Médicos Legistas atuaram visando maior agilidade na emissão dos laudos de necropsia. Até o momento, os dois corpos encontrados foram periciados no Posto Médico Legal de Itabira e liberados”, informou o delegado Helton Cotta.
Os Postos de Identificação da Delegacia Regional de Itabira, o Instituto de Identificação de Minas Gerais e o Cartório de Registro Civil de Santa Maria de Itabira já iniciaram um trabalho conjunto com o objetivo de serem confeccionadas carteiras de identidades em caráter de urgência para os cidadãos atingidos pelo desastre.
Ao longo da semana serão divulgadas informações mais precisas do mutirão que será realizado para a confecção destes documentos, essenciais ao exercício da cidadania.
Os trabalhos integrados continuam sendo desenvolvidos pelos diversos órgãos envolvidos no local dos fatos. Há ainda quatro pessoas desaparecidas. Por ora, não há a previsão do retorno dos Policiais Civis para a capital.
Sobre a tragédia
Mais cedo, o prefeito de Santa Maria de Itabira, Reinaldo das Dores Santos, que teve a casa destruída na tragédia chegou a dizer que é a coisa mais triste que ele já viu.
“Nós não esperávamos uma tragédia dessa dimensão. Hoje, a tristeza tomou conta de Santa Maria. Há um número muito grande de desabrigados, a situação está péssima. Eu aproveito para fazer um apelo: estou pedindo ajuda. Estamos precisando de agasalhos, alimentos e medicamentos. Por favor, nos ajude, porque a situação está muito ruim. A coisa está parecendo com aquilo que aconteceu em Brumadinho (rompimento da barragem).”