Relembrar os personagens que há séculos vêm construindo a história itabirana é resgatar um passado de lutas, viver o presente com alegria e acreditar um futuro de realizações. São muitas as personalidades que protagonizam o enredo e a memória do município. As personalidades de hoje: o ex-prefeito Antônio Linhares Guerra e o artista Alfredo Duval.
Antônio Linhares Guerra
Considerado um governante dinâmico, o Coronel Antônio Linhares Guerra, nascido em Caeté, em 14 de fevereiro de 1877, era filho de Antônio Martins Guerra e Francisca Malvina Linhares Guerra. Aos 10 anos, veio para Itabira onde estudou e mais tarde se casou com Virgínia Guerra Lage.
Antônio Linhares Guerra foi vereador, presidente da Câmara Municipal de 1927 a 1931. E depois prefeito de 1932 a 1935.
Como reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade, recebeu em vida várias homenagens. Após a morte, tornou-se nome de uma escola da cidade, localizada no bairro João XXlll.
Alfredo Duval
Artista nato, Alfredo Duval foi morar em Joanésia, Minas Gerais, onde conheceu Paulina Macieira Duval. Com quem se casou e teve 13 filhos.
O coronel José Batista, agente administrativo de Itabira de 1900 a 19012, foi buscar o itabirano para implantar na cidade os primeiros chafarizes e as primeiras redes de esgoto e de água na cidade. Segundo uma de suas filhas, Dolores, Duval foi a Belo Horizonte para conhecer uma instalação sanitária. Quando voltou, cuidou logo de construir as primeiras, nas casa dos mais abastados.
Fabricava santos de Barro, com o apoio dos filhos, e lia folhetins de capa e espada. As imagens foram vendidas e espalhadas nas igrejas da região.
Na época em que viveu em Itabira, o poeta Carlos Drummond de Andrade, ainda jovem, subia a rua do Bongue – hoje Monsenhor Júlio Engrácia – para conversar com aquele que considerava um anarquista, contestador das ideias usuais e amigo pessoal dos Três Mosqueteiros.
Duval esculpiu num chafariz sua obra-prima chamada Aurora, que permaneceu por longo tempo na pracinha do Pará. O trabalho foi destruído por um caminhão desgovernado. O artista morreu em Itabira, em 24 de Maio de 1947.