Quem percorre o trajeto de um quilômetro da Avenida Mauro Ribeiro, em Itabira, não faz ideia das distancias alcançadas pelo homem que também empresta seu nome a uma ala de hospital e uma biblioteca pública. Muito além de batismo de construções locais, o legado do itabirano se expandiu para o mundo. Na narrativa de hoje, do especial Itabira 172 anos: Mauro Ribeiro Lage
Mauro Ribeiro Lage
A história de Mauro Ribeiro Lage começa no dia 15 de outubro de 1929. Filho de José Ribeiro Lage e Olínia da Costa Lage, ele nasceu na fazenda Belmont, a 15 quilômetros do centro de Itabira. O garoto Mauro, que era o quarto de cinco filhos, gostava de correr descalços pela terra, sem sequer imaginar que elas mudariam sua vida.
Demonstrou interesse em trabalhar logo na adolescência, com os ofícios do campo e o compromisso de ajudar o pai no carregamento de lenha para as locomotivas da extinta Companhia Vale do Rio Doce (hoje vale). Aos 18 anos de idade, tornou-se motorista de caminhão. Profissão que lhe abriu um caminho com novas possibilidades. Após trabalhar para a Acesita, virou autônomo, levando cargas diversas e o possibilitou conhecer o país inteiro.
Ribeiro descobriu aptidão para empreender no anos 1960, quando ele e dois sócios começaram a explorar uma mina de ferro em Nova Era. Tempo depois, a mina foi vendida para a Vale. A partir daí, o ex-caminhoneiro, passou a empresarias uma frota de caminhões. Surgia, em 1969, a transportes Belmont, primeira empresa do grupo.
Entre a mineração e o transporte, também buscou se dedicar ao campo. Herdeiro da propriedade dos pais, decidiu em 1970 fazer uma represa buscando ciar um ponto de pastagem ao gado. Pouco tempo depois, pedras verdes emergiram no sangradouro do lago. A cor intensa e ao mesmo tempo transparente, revelaram uma jazida de esmeraldas.
Da descoberta à criação da Belmont Mineração, 1978, Mauro Ribeiro precisou percorrer um caminho que não foi nada fácil. E seus sucessores buscaram maneiras de aperfeiçoar a tecnologia e os métodos existentes, investindo na montagem de uma unidade industrial para extração e beneficiamento de material, que, hoje é considerada a mais avançada do mundo no setor. As pedras extraídas em Itabira estão espalhadas pelo Brasil, China, Estados Unidos, índia, Israel, Tailândia, Japão e vários países europeus.
Atualmente, além da Mineração, a Belmont se expandiu para a agroindústria, chegou à construção civil e ao ramo imobiliário. A devoção do seu fundador e a inspiração da nova geração, que busca constantemente por conhecimento e desenvolvimento contínuo.
Mauro Ribeiro faleceu em Belo Horizonte, em 23 de julho de 2001, após lutar por mais de dois anos contra um câncer. Seu patrimônio mais precioso foi construído ao lado de Maria Lígia Ribeiro Fonseca, com quem foi casado durante 50 anos e teve seis filhos, 15 netos e 11 bisnetos.
Quem percorre o trajeto de um quilômetro da Avenida Mauro Ribeiro, em Itabira, não faz ideia das distancias alcançadas pelo homem que também empresta seu nome a uma ala de hospital e uma biblioteca pública. Muito além de batismo de construções locais, o legado do itabirano se expandiu para o mundo.